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A LIÇÃO BRASILEIRA

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Uma pequena frase: “Ninguém sabe o que está acontecendo”. Desde o momento em que começaram os protestos na cidade de São Paulo muitos “iluminados” tiveram que reconhecer a sua própria ignorância política. De repente havia gente na rua protestando contra o aumento das tarifas no transporte público. Até aqui as coisas faziam sentido. Mas só até aqui. Os desdobramentos da situação não estavam em nenhum manual. Ora, a política não é o terreno da contingência?

Esta aparente surpresa é sintomática, revela algo que todos deveriam reconhecer: no Brasil há, mesmo entre os chamados intelectuais, um déficit do que poderíamos denominar “cultura política”. Os motivos deveriam ser estudados em profundidade, mas tomemos uma regularidade do fenômeno político na história brasileira.

As mudanças profundas na sociedade brasileira quase nunca contaram com a participação das ditas massas. Sempre se acomodaram as coisas a desde cima. Em outros países isto correu de maneira distinta. Houve, para utilizar uma expressão de Renzo De Felice, a “nacionalização das massas”, ou seja, a integração da grande maioria da população em correntes políticas bem definidas, como por exemplo no caso do peronismo na Argentina. No Brasil isto nunca aconteceu de maneira ostensiva, embora não tenham faltado tentativas. Pouca gente sabe mas o primeiro partido de massas no Brasil foi a AIB de Plínio Salgado. Vargas e a elite política da época simplesmente eliminaram o integralismo da cena política brasileira, e as coisas voltaram a ser decididas num gabinete qualquer, mas não na rua e com a participação popular. O trabalhismo de Vargas tampouco conseguiu se encarnar de maneira coerente entre as massas. As tentativas de reivindicar a herança do legado de Vargas sempre foram pífias. Mas os exemplos históricos param por aqui. Não é o nosso foco principal. No entanto fica a lição de que as demonstrações populares sempre causam espanto no Brasil.

Voltemos à atualidade. Antes das últimas eleições municipais todos os candidatos sabiam que a tarifa dos transportes teria que ser reajustada. Kassab apenas deixou o problema para a próxima administração, fazendo o cálculo político de que isso mancharia a imagem do seu novo partido. O candidato vencedor, o excelentíssimo Dr. Fernando Haddad, durante a sua campanha, tinha prometido até mesmo reduzir as tarifas dos transportes. Surgiu o impasse mas… como resolvê-lo? Todos sabemos que o único partido político no Brasil que possui base social é o PT. Pois bem. Por meio dos ditos movimentos sociais, pode-se trabalhar com esta hipótese, o PT decidiu utilizar a sua ala mais combativa, a do movimento estudantil. Embora seja governo, TODAS as frações que compõem o movimento estudantil gravitam em torno do PT. PSOL, PSTU e PCO sempre estão unidos quando se vislumbra a ameaça da “reação”. Isto é um posicionamento clássico da esquerda, sempre apoiar o que se considera mais progressista, embora nunca se é progressista o bastante para os mais radicais.

Retomando a exposição da nossa tese, foi o PT que colocou uma parte da sua base social na rua com o intuito de desgastar o PSDB paulista, que afinal de contas é a força política responsável pela “repressão”, na rua, do movimento pela redução das tarifas. O cálculo petista: pressionamos na rua, haverá repressão, articularemos a redução da tarifa porque o povo assim o quer e, de quebra, daremos um golpe mortal no governo tucano do Estado que, representado por Alckmin, será obrigado a reprimir os excessos dos protestos.

As coisas não saíram como o PT queria. O movimento tomou outra caráter, catalisou um certo descontentamento da população urbana em relação ao governo petista no poder há uma década. Isto explica a perplexidade da esquerda diante da não obediência do “povo” que gritou, na rua, “fora todos os partidos políticos”. A esquerda já começou a falar em “infiltração” da “direita” nos protestos, infiltração essa que obviamente não existe.

Uma certa direita também está perdida diante do que está acontecendo. Ela pede por repressão e diz que tudo não passa de uma “revolução petista dentro da revolução petista”. O problema dessa dita direita é a sua atitude no melhor estilo torre de marfim. Liberais, libertários, neoconservadores a la americana, nunca foram muito afeitos ao “povo”. Simplesmente não sabem como catalisar os protestos. Mas há uma explicação para esta atitude um tanto quanto “ingênua”. Todos sabemos que a hegemonia cultural está há muito tempo nas mãos da esquerda. Para quebra-la é preciso um trabalho de, pelo menos, uma geração. O PT não será derrotado senão por meio de uma oposição, primeiro, no campo das ideias, e depois na possível tradução disto em termos políticos concretos. Detalhe: no Brasil não há oposição, há apenas pessoas que se opõem ao projeto petista de poder.

Agora, um breve comentário sobre a natureza dos revoltosos. Todos sabemos que não é o “povo” que está nas ruas. É antes uma massa urbana de classe média, média alta, liberal, cosmopolita, que gostaria de expressar a sua indignação (sentimento burguês por excelência) contra tudo “o que está aí”. Vivemos uma certa onda deste sentimento que é planetária. E a única figura política que é capaz de catalisar a indignação dessa parcela da população, que quer viver num pais desenvolvido, é a ex-senadora Marina Silva. De todas as forças políticas existentes no Brasil, esta é a mais perigosa. Marina Silva representa o que ela chama de “novo jeito de fazer política”. O que é isto? Em linhas gerais, a ex-senadora ergue as bandeiras do mundialismo, do liberalismo de esquerda, do ecologismo apátrida, das minorias criativas que buscam os seus “direitos individuais” (sic), ou seja, o casamento gay, o abortismo, e o culto a uma suposta unidade dos seres humanos. Lembram-se do famigerado slogan “agir localmente pensando globalmente”? E quem são os apoiadores da khmer-verde? Banqueiros, grandes empresários, profissionais liberais, intelectuais oriundos da esquerda tradicional. O lixo do lixo. Marina Silva é perigosa, pois representa interesses estrangeiros desejosos de enfraquecer os estados nacionais em nome de um governo mundial de auto proclamados iluminados.

Por último, algumas considerações sobre o que poderá ocorrer. Talvez os protestos continuem e passem a criar uma verdadeira crise política. Os grupos mais variados desejariam isto. Na atual conjuntura há uma espécie de empate. Uma regularidade do fenômeno político é que as forças que costumam desempatar o jogo são as que detém o poder de coerção, ou seja, em última instância, o poder sobre a vida e a morte. Uma força que sempre atuou em tempos de crise no Brasil se identifica nas Forças Armadas. Mas até mesmo elas estão desmoralizadas. O PT ainda leva a melhor.

 

 

Andrés Eugui, São Paulo, 20 de junho de 2013.

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REPUBBLICA CENTRAFRICANA E KIMBERLEY PROCESS: QUALE FUTURO PER I “DIAMANTI INSANGUINATI”?

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Era il 1866 quando venne scoperto il primo diamante in Sudafrica. Da lì a pochi anni vennero aperti  anche i giacimenti Kimberley – circa 450 chilometri a sud-ovest di Johannesburg – che diedero il via all’ascesa della compagnia mineraria De Beers, oggi colosso diamantifero che controlla una buona fetta dell’intero commercio mondiale. L’estrazione di diamanti vede i Paesi africani in primo piano: complessivamente – infatti – la metà dei diamanti estratti proviene dall’Africa centrale e meridionale; Repubblica Democratica del Congo, Angola, Botswana, Sudafrica, Zimbabwe e Repubblica Centrafricana sono i principali Paesi produttori. È proprio a causa di quest’ultimo Paese che il commercio di diamanti e il Processo di Kimberley (PK) – che dovrebbe certificare che i proventi della vendita non vengano utilizzati per guerre civili – sono tornati d’attualità.  A distanza di dieci anni dalla sua nascita (2003) si può essere soddisfatti del livello di sviluppo e di controllo di questo organismo?

 

 

La Repubblica Centrafricana, situata nel cuore del continente africano, è uno dei Paesi più poveri al mondo: a fronte di un enorme ricchezza mineraria, il PIL pro capite annuo è al di sotto degli 800 dollari, l’80% della popolazione è impiegato nel settore primario e il tasso di analfabetismo sfiora il 50%. La sua economia si fonda principalmente sui proventi derivanti dalla deforestazione e dal sottosuolo, con la vendita di uranio, ferro ma soprattutto diamanti, che da sola nel 2010 ha  rappresentato il 10% dell’intero PIL nazionale.

Dal punto di vista politico va ricordato che dopo l’indipendenza raggiunta nel 1960, il Paese visse un grande periodo di instabilità per circa 30 anni, con colpi di stato militari che si susseguirono fin quando nel 1992 non si arrivò alle prime elezioni democratiche. Nel 2003 ci fu un ulteriore colpo di Stato, orchestrato dal generale François Bozizé, che ha retto il potere fino a pochi mesi fa.

Il 24 marzo, infatti, i ribelli della Coalizione Séléka (“alleanza”), dopo alcuni mesi di guerra civile sono riusciti ad entrare nella capitale Bangui e hanno costretto alla fuga il presidente Bozizé, prendendo in mano il controllo del Paese. Uno dei leader dei ribelli, Michel Djotodia, si è poi autoproclamato presidente della Repubblica Centrafricana, facendo precipitare il Paese in una crisi senza via d’uscita.

Il continuo susseguirsi di regimi militari e colpi di Stato non ha aiutato il Paese a svilupparsi come avrebbe potuto grazie alle importanti risorse minerarie. I vari presidenti della Repubblica Centrafricana hanno tutti preferito perseguire – chi in un modo, chi in un altro – una politica di sfruttamento delle miniere a proprio vantaggio personale, disincentivando lo sviluppo dell’industria del settore e quindi di conseguenza della popolazione locale, accaparrandosi quante più ricchezze possibili grazie alla vendita di diamanti.

L’avidità dei governi e l’espansione dei traffici illeciti – una buona parte dei diamanti viene messa in commercio sul mercato nero – sono state una costante anche del deposto presidente Bozizé, che portava avanti una strategia volta al maggior profitto personale possibile, non ricorrendo a politiche per lo sviluppo del settore nel lungo periodo.

Una peculiarità dello stato centrafricano rispetto agli altri Paesi produttori è l’assenza di grandi società minerarie, disincentivate dall’investirvi per diversi motivi, sia di natura logistica, data l’assenza di infrastrutture adeguate e la difficile conformazione del terreno alluvionale dove si trovano i diamanti, sia di natura politico-burocratica: instabilità politica, assenza di politiche di lungo periodo, controlli molto rigidi e tassazione elevata non incentivano di certo l’investimento estero nel Paese.

La realtà mostra infatti che a trarre maggiori profitti dalla vendita dei diamanti non sia lo Stato stesso, bensì mediatori senza scrupoli, guerriglieri e forze dell’ordine corrotte che li contrabbandano, facendoli uscire dal paese attraverso il Ciad, e vendendoli per somme irrisorie alle grandi multinazionali o ai soliti noti. Lo Stato è perciò il grande perdente perché in questo modo le imposte vengono aggirate.

I diamanti attraggono i ribelli dei principali movimenti armati, come appunto la Séléka, sospettate di aver ricevuto finanziamenti da operatori del settore proprio per destituire il generale Bozizé. La regione risulta così una delle più insicure dell’Africa, e finché i ribelli avranno a disposizione questa fonte di finanziamento, la fine della guerra civile e dell’instabilità rimane un miraggio.

Il problema del commercio illegale dei diamanti non è nuovo, soprattutto in Africa. Lo sa bene la Sierra Leone, ma anche la Liberia e l’Angola, uscita da pochi anni da una guerra sanguinosa. Il campo profughi di oltre un milione di persone, le immagini di donne e bambini mutilati, le oltre 50mila vittime suscitarono l’indignazione dell’opinione pubblica, che iniziò a boicottare l’acquisto dei diamanti. Gli interessi economici delle grandi multinazionali e delle grandi potenze, coinvolte nel traffico illegale dei diamanti insanguinati, furono messi a serio rischio. Per un’esigenza di immagine  e di marketing, più che per sincera convinzione, i grandi della Terra e le aziende del settore si dissero disponibili a trovare una soluzione e arginare il fenomeno dei “diamanti insanguinati”.

 

 

Il processo di Kimberley

Esattamente dieci anni fa (2003), venne istituito il Kimberley Process Certification Scheme (KPCS), un accordo di certificazione sottoscritto da diversi Paesi con l’obiettivo di garantire che i profitti ottenuti grazie alla vendita di diamanti non servissero a finanziare guerre civili o altri fenomeni di violenza. Tale accordo venne raggiunto dopo le guerre civili in Sierra Leone (che tra il 1991 e il 2001 provocò circa 50 mila morti) e in Liberia (dove tra il 1999 e il 2003 morirono circa 200 mila persone), proprio per certificare che i diamanti siano “conflict free“, e non utilizzati per finanziare violenze.

Il Kimberley Process (PK) è l’organismo volto a controllare che tali regole siano rispettate, attraverso un suo comitato che si riunisce periodicamente e  che prende decisioni per consensus.

Questo organismo è stato costituito grazie allo sforzo dei governi direttamente interessati dal commercio diamanti insieme a quello di ONG e delle multinazionali del settore, la De Beers in particolare –  che da sola controlla il 40% del mercato – con l’obiettivo di rilanciare la vendita del prezioso minerale, rassicurando e sensibilizzando i compratori.

L’ultimo Paese in ordine cronologico ad essere finito nel mirino di questo organismo è la Repubblica Centrafricana, proprio a seguito del recente colpo di Stato che ha portato i ribelli e il suo leader, Michel Djotodia, al potere.

Durante lo scorso mese di maggio, il PK ha sospeso la Repubblica Centrafricana con effetto immediato – decretando anche un embargo sulle risorse diamantifere – poiché da quando il presidente Bozizé è stato destituito, le operazioni di controllo e monitoraggio dell’attività di estrazione dei diamanti sono divenute meno efficaci e diffuse.

Da parte sua, il governo centrafricano ha risposto alle accuse e alle sanzioni definendole “ingiuste”,  assicurando che i controlli sulla filiera di estrazione e sulla stipula dei contratti sarebbero ripresi. Inoltre, nel corso della sessione del PK dello scorso 4 giugno, lo stesso governo centrafricano ha annunciato di voler mettere in atto una moratoria sullo sfruttamento e la vendita di diamanti: una corsa ai ripari dopo la sospensione che però non ha sortito alcun effetto dal momento che nella stessa conferenza del Processo di Kimberley è stata confermata la sospensione del Paese africano dalla certificazione KPCS.

La situazione della Repubblica Centrafricana era stata già in passato oggetto di accurate analisi da parte dell’International Crisis Group (ICG) – una ONG che si occupa di fornire analisi su situazioni di crisi e di conflitto con l’obiettivo di limitarli. A fine 2010, infatti, in un rapporto annuale (“Dangerous Little Stones: Diamonds in the Central African Republic“), l’ICG esprimeva le proprie preoccupazioni riguardo la situazione del Paese, e in particolare di come venissero gestite le miniere e le risorse del sottosuolo da parte dell’allora presidente Bozizé, accusando lo Stato africano di “fragilità cronica”, e il regime di mantenere “una gestione opaca e centralizzata” delle miniere.1

Nel proprio rapporto, l’International Crisis Group esprimeva anche alcune raccomandazioni, chiedendo al governo della Repubblica Centrafricana di rendere più chiaro e trasparente il processo di stipula dei contratti, ma anche di contrastare efficacemente il contrabbando – anche attraverso l’aiuto del PK e al sostegno internazionale – e armonizzare la fiscalità in relazioni a quella dei Paesi vicini. Inoltre invitava il governo a portare avanti politiche di lungo periodo volte allo sviluppo del settore, con incentivi per l’investimento straniero nel Paese e la semplificazione del processo burocratico e fiscale.

Ugualmente, al Processo di Kimberley si chiedeva di inviare al più presto una missione per valutare l’effettiva implicazione dei ribelli nella gestione e nel controllo delle miniere e del loro sfruttamento.

In questi dieci anni di vita il Processo di Kimberley ha incontrato numerose difficoltà. Uno dei suoi maggiori punti deboli, infatti, deriva dalla dall’inadeguatezza dei controlli interni sui quali esso fa affidamento: in numerosi Paesi come Guinea, Repubblica Democratica del Congo, Zimbabwe, Angola e Costa d’Avorio (malgrado l’embargo sulla vendita da parte della Nazioni Unite) il giro d’affari del commercio illegale di diamanti – che si estranea quindi dalle regole e dalla certificazione KPCS – è molto alto. I governi di questi Stati non riescono a garantire i controlli, che dovrebbero estendersi dall’estrazione fino alla vendita: i motivi possono essere di diversa natura, sia per effettiva incapacità strutturale, sia per reale volontà degli stessi controllori, che si garantiscono in questa maniera maggiori guadagni personali.

Il commercio illegale di diamanti grezzi è sicuramente la questione più spinosa del Kimberley Process, i cui strumenti non sono serviti a molto. Si calcola infatti che in Repubblica Democratica del Congo e in Sierra Leone circa il 50% dei diamanti esportati abbia una dubbia origine. E’ in questo senso che alcune ONG dirigono la loro azione, rimarcando queste carenze: su tutte, Global Witness, nata nel 2003 con sede a Londra, ha sottolineato nei suoi numerosi rapporti queste difficoltà.

Già nel 2008 denunciò come le violazioni al KPCS fossero all’ordine del giorno in alcuni Paesi facenti parti del Processo di Kimberley, come Sierra Leone, Venezuela, dove “the government blatantly flouts the certification scheme”2 , e in Zimbabwe. Nello stesso documento Global Witness esprimeva delle raccomandazioni nei confronti del PK, sottolineando come esso dovesse dotarsi di un meccanismo di sospensione provvisoria in caso di non conformità alle regole, esigere maggiori controlli da parte dei governi, dotarsi esso stesso di capacità di ricerche e sorveglianza per contrastare il commercio illegale di diamanti grezzi.3

Un’altra ONG, Partnership Africa Canada (PAC), nel 2009 nel suo rapporto annuale su diamanti e sicurezza umana ha sottolineato un’altra debolezza del Processo di Kimberley, il fatto che mancasse un’autorità centrale. La presidenza cambia di anno in anno, non garantendo né continuità né responsabilità ai gruppi di lavoro che si succedono ogni volta. Inoltre, la modalità di voto secondo consensus, impone che tutti i Paesi siano d’accordo, un solo dissidente è capace di bloccare le decisioni.4 Nello stesso rapporto annuale, la PAC definisce il PK un “moulin à paroles“, tocca alla società civile – anche tramite le ONG –  essere vigile riguardo il contrabbando di diamanti insanguinati e sul meccanismo di controllo esso stesso.

Il PK dimostra quindi di non funzionare come dovrebbe. Il sistema presenta  alcuni punti deboli: prima di tutto esso si applica solamente ai diamanti grezzi. Quelli tagliati e usati in gioielleria – dunque – ne sono esclusi e risulta perciò facile per i trafficanti immettere sul mercato nero i diamanti già tagliati. Una volta tagliati – al contrario di quando sono ancora grezzi – ricostruirne la provenienza certa diviene impossibile. Una seconda debolezza deriva dal fatto che applicando il sistema di certificazione a lotti di diamanti – e non alle singole pietre – è semplice immettere in tali lotti diamanti di illecita o dubbia provenienza. Terzo e ultimo problema: i centri di taglio sono esclusi dalla lista delle strutture controllate dal KPCS  e sono spesso uno sbocco per i diamanti di cui non si conosce l’origine: una volta tagliate, perciò, le gemme entrano liberalmente sul mercato alimentando il commercio illegale.

Le difficoltà che il Processo di Kimberley ha conosciuto fin dalla sua nascita nel 2003 sono evidenti e portate alla ribalta dalla società civile e dalla ONG in particolare, che in alcune occasioni si sono sostituite in tutto e per tutto alle sue attività, invitando i Paesi sospettati di un deficit di controllo nella gestione e nello sfruttamento delle risorse diamantifere a risolvere al più presto questa situazione. Senza alcun potere coercitivo, però, i loro appelli e i loro rapporti annuali sono destinati a perdersi nel vuoto, a meno che da parte del PK non vengano utilizzati come strumento di supporto e di cooperazione in modo da poter realmente circoscrivere e ridurre il problema dei “diamanti insanguinati”.

Un altro problema al quale il Processo di Kimberley deve far fronte è emerso sopratutto negli ultimi anni: oltre a dover controllare che i proventi non vengano utilizzati per finanziare le guerre civili, è necessario porre l’attenzione anche sulle condizioni di lavoro a cui sono sottoposti i minatori. Il rispetto dei diritti umani è stato in più di un’occasione denunciato da parte di ONG locali, ma in passato il PK non ha potuto fare niente a riguardo, non essendo previsto dal suo statuto. Ci si augura che in futuro la sensibilizzazione di questo problema porti ad un riforma dello stesso e ad un maggiore controllo in questo senso.

 

 

 

Note bibliografiche e riferimenti multimediali

1http://www.crisisgroup.org/fr/regions/afrique/afrique-centrale/republique-centrafricaine/167-dangerous-little-stones-diamonds-in-the-central-african-republic.aspx , ultimo accesso giugno 2013

2http://www.globalwitness.org/library/loupe-holes-kimberley-process , ultimo accesso giugno 2013

3http://www.globalwitness.org/library/loupe-holes-kimberley-process , ultimo accesso giugno 2013

4http://www.pacweb.org/Documents/annual-reviews-diamonds/AR_diamonds_2009_fr.pdf, ultimo accesso giugno 2013.

 

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CAUCASO COSTRUIRE LA PACE. SEMINARIO INTERNAZIONALE

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Caucaso costruire la pace. Seminario internazionale. Sabato 28 giugno ore 17,00, Sala del Castello di Borgo Maggiore. Partecipa Filippo Pederzini, giornalista della rivista di geopolitica Eurasia.

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LA SIRIA AL CENTRO DELLO SCONTRO GLOBALE

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L’attuale tragedia siriana si inscrive a pieno titolo tra i capitoli che compongono il libro nero dell’Occidente. Cioè nella storia della lotta condotta dalle forze imperialiste per riportare sotto il loro controllo un paese e un popolo che per un secolo ha rappresentato un importante fattore della rinascita araba e della lotta antimperialista.

Nel loro tentativo di controllare la ricca e strategica regione del Vicino Oriente, gli Stati Uniti hanno ingaggiato da tempo un braccio di ferro con la Siria, sia direttamente che per interposta persona, tramite Israele. Ma le strategie dell’imperialismo per indurre Damasco a capitolare sono state finora sempre sconfitte (e sonoramente), dalla guerra civile libanese (tra il 1975 e il 1991) in poi.

 
Dominio mondiale e “Grande Medio Oriente”

Le guerre che Washington ha lanciato nel recente passato per inseguire il suo sogno di “dominio a pieno spettro”, a partire dall’avventura irakena, sono state foriere di guai. Non hanno arrestato il declino statunitense di fronte all’emersione di Potenze antiegemoniche (Cina, Russia, etc…); hanno facilitato lo stabilirsi di intese strategiche antimperialiste tra i propri antagonisti (Cinesi, Russi, Iraniani, Siriani, Libanesi, Latinoamericani, etc…); non hanno spezzato l’asse della Resistenza tra Iran, Siria, forze patriottiche libanesi e palestinesi.

L’eliminazione del regime di Saddam Hussein in Iraq e dei Talebani in Afghanistan, che rappresentavano due antemurali per il contenimento della Repubblica islamica iraniana, ha di fatto sortito l’effetto di rafforzare il ruolo di Teheran nella regione. Le guerre statunitensi non sono nemmeno riuscite a stabilire dei solidi protettorati nei territori occupati, provocando semplicemente la sovraesposizione militare del Pentagono.

Dopo che i tentativi di passare sul cadavere del piccolo Libano, per spingere la Siria a capitolare e per isolare l’Iran, sono falliti, l’Occidente ha puntato direttamente alla destabilizzazione della Siria grazie al supporto delle bande mercenarie composte da terroristi di ispirazione wahhabita. Tali bande sono foraggiate, sulla base di un circuito rodato che risale addirittura alla guerra condotta contro l’Afghanistan repubblicano a partire dalla fine degli anni Settanta, dall’Arabia Saudita e dagli emirati del Golfo.

Si è così costituita una rete di complicità che accomuna le potenze occidentali, gli emiri del Golfo, la Turchia e la galassia dell’islam radicale settario. L’obiettivo è abbattere una buona volta l’antemurale siriano distruggendone lo Stato, chiudere nel sangue l’ultimo capitolo del processo di emancipazione nazionale promosso dal mondo arabo all’epoca della decolonizzazione e isolare l’Iran in vista della resa dei conti finale. E’ solo per il gusto del ridicolo che le forze che stanno foraggiando la guerra a bassa intensità contro Damasco si presentano come “amici della Siria” e ostentano preoccupazioni democratiche e premure per i diritti umani di origine assai dubbia.

 
La controrivoluzione araba

I paesi assolutisti del Golfo mettono a disposizione le loro petro-ricchezze per reclutare in ogni angolo del mondo islamico bande di fanatici integralisti che nascondono i loro ripetuti ed efferati crimini dietro una lettura blasfema, oscurantista ed eretica della religione islamica, strumentalizzata a soli fini di potere dalle ricche oligarchie reazionarie arabe legate a doppio filo all’imperialismo, le quali tentano con tutte le loro forze di fermare i processi rivoluzionari in corso da decenni nel mondo arabo-isalmico, con alterne fortune. Che questi processi rivoluzionari alzino l’insegna del nazionalismo laico e socialisteggiante (come in Siria) o quello islamico a carattere antimperialista (come in Iran) per loro non fa grande differenza. Pescano dai loro arsenali propagandistici le accuse di eresia più strampalate e le diffondono sui loro circuiti mediatici spargendo il seme dell’odio e della violenza.

La guerra per procura alla Siria, camuffata e distorta dal circuito mediatico occidentale, vera e propria macchina di disinformazione ed indottrinamento, ha inferto al popolo siriano immani sofferenze da più di un anno. L’azione di mercenari e bande criminali che operano per destabilizzare il paese e farlo crollare dall’interno, rendendo impossibile la convivenza civile, non è però riuscita a centrare il bersaglio grosso: il rovesciamento del presidente Assad e di quelle istituzioni repubblicane che hanno da sempre fatto della laicità dello Stato e del rispetto e della parità tra le varie componenti confessionali in cui si articola il paese la pietra angolare della loro politica patriottica e progressista.

Per dare la spallata alla resistenza di cui sta dando prova il popolo siriano, stretto attorno alle sue istituzioni e alle sue Forze Armate nel tentativo di scongiurare il dilagare dell’inferno portato dalle bande di mercenari e fanatici al soldo dell’Occidente e dei suoi fiduciari locali, sarebbe determinante poter effettuare un’offensiva massiccia dall’esterno, sul modello dello scenario libico.

Ma la collocazione delle forze in campo a livello internazionale intorno alla crisi siriana ha fino ad adesso impedito un tale esito e non pare che le cose siano destinate a cambiare nell’immediato futuro.

 
La polveriera

Russia e Cina hanno infatti adottato una postura molto ferma, evitando che in sede ONU potessero essere approvate risoluzioni adatte a coprire con una foglia di fico un’aggressione diretta alla Siria. Mosca ha un interesse diretto nel dossier siriano. La Siria è una sua storica alleata, ed è ormai l’unico paese dell’Oriente arabo chiaramente schierato in senso antimperialista. Una sua caduta aprirebbe ai gruppi dell’integralismo islamico reazionario la possibilità di trasformare l’intero Medio oriente in una testa di ponte contro il Caucaso, l’Asia centrale e il fianco sud della Federazione russa. E’ un segreto di pulcinella che siano attivi nelle bande che operano in Siria molti terroristi ceceni.

La caduta della Siria lascerebbe inoltre pesantemente esposto l’Iran, altro alleato chiave della Russia nella sua strategia di costruzione di un ordine internazionale multipolare che possa scongiurare la dittatura planetaria degli Stati Uniti. L’esposizione dell’Iran, che con la Siria ha un’alleanza vera e propria nonostante l’abissale diversità che caratterizza i due regimi politici, chiama in causa direttamente anche la Cina. Per scongiurare l’egemonismo unipolare statunitense, oltre all’intesa tra i due giganti eurasiatici, è necessario stabilire legami anche con medie e piccole potenze regionali, con paesi cioè che possono esercitare un’influenza politica in aree ristrette ma cruciali per l’andamento della partita geopolitica in corso. Si è così stabilita una triangolazione strategica tra Mosca, Pechino e Teheran.

Questa triangolazione è emersa con chiarezza nel corso dell’attuale tragedia siriana, quando, di fronte alla ostinata ed illegale guerra per procura ingaggiata dall’Occidente contro la Siria, i tre paesi hanno supportato apertamente Damasco.

La Siria si trova così lungo la faglia del confronto globale tra l’Occidente imperialista americanocentrico e le potenze emergenti ed antiegemoniche.

Il pesante sovvenzionamento delle bande armate da parte dell’alleanza costituita dalla Nato, dalle satrapie del Golfo e dalla Turchia e la minaccia costantemente agitata di trasformare questa sporca guerra per interposta persona in una aggressione diretta alla Siria hanno provocato una situazione incandescente.

 
Dopo la battaglia di Qusayr

In questo contesto non può meravigliare che Mosca e Teheran abbiano deciso di coordinare le mosse dei loro servizi di intelligence e abbiano manifestato la loro ferma intenzione di operare per un’uscita pacifica dal conflitto, supportando nel frattempo, anche militarmente, l’esercito siriano.

Durante la grande battaglia di Qusayr, al confine tra Siria e Libano, si è assistito ad una svolta nel conflitto. Per la prima volta i siriani hanno potuto godere dell’appoggio diretto dei loro alleati di Hezbollah sul terreno. Al flusso dei mercenari integralisti, provenienti anche dal vicino Libano e sostenuti apertamente dal partito del miliardario di origine saudita Hariri, si è così contrapposto l’invio di brigate combattenti per aiutare il governo siriano a fronteggiare la reazione.

Il leader di Hezbollah, Hassan Nasrallah, ha espresso chiaramente le motivazioni strategiche che hanno spinto il partito politico libanese ad intervenire nella battaglia di Qusayr. Per decenni Hezbollah e le forze patriottiche libanesi sono state sostenute da Siria e Iran, ora è venuto il momento di restituire il favore. Nasrallah ha colto che nel momento in cui uno dei pilastri dell’Asse della Resistenza nella regione era sotto assedio non si poteva stare a guardare. Le incursioni aeree israeliane, che hanno finito con il favorire oggettivamente le bande armate, hanno forse avuto un loro involontario ruolo nel precipitare questa decisione.

Nasrallah ha sostenuto che la Siria rappresenta la retrovia della resistenza libanese ed ha argomentato che quando la retrovia è minacciata occorre intervenire per garantirla. “Se non intervenissimo saremmo degli idioti”, ha chiosato il leader del Partito di Dio.

L’atteggiamento di Hezbollah si discosta massicciamente da quello di alcune formazioni palestinesi come Hamas, che per anni sono state ospitate a Damasco e sostenute dalla Siria e che, di fronte all’attuale tempesta, hanno finito con il mordere la mano di chi li ha soccorsi nel momento del bisogno per cercare protezione presso gli emiri del Golfo e puntare sulla carta dell’ascesa della Fratellanza musulmana nella regione. C’è davvero qualcuno che ritiene che questa spericolata ed inqualificabile capovolta possa aprire nuove prospettive per il popolo palestinese e per la risoluzione della sua annosa questione.

Archiviata con un chiaro successo militare la battaglia di Qusayr, l’esercito siriano dovrebbe aver messo in sicurezza il confine con il Libano può puntare verso nord. “Uragano del nord” è il nomignolo dato alle operazioni che mirano a sgominare la bande che infestano la regione di Aleppo. Nello stesso tempo la Nato e i suoi alleati locali hanno mostrato i muscoli nel corso di imponenti esercitazioni militari congiunte in Giordania, proprio al confine con la Siria. C’è chi sospetta che queste manovre possano servire per esfiltrare mercenari rimasti in trappola dopo la brutta piega che per gli aggressori stanno prendendo gli eventi siriani. Ma potrebbero anche rappresentare la preparazione di una dissennata fase due. A Qusayr i servizi siriani hanno rinvenuto abbondante documentazione circa il traffico d’armi con cui mezzo mondo sostiene le bande terroriste armate che operano in Siria contro le regole della convivenza internazionale.

 
Il braccio di ferro tra Usa e Russia

Disgraziatamente la tragedia siriana non sembra ancora avviata alla soluzione. Gli imperialisti e i loro alleati locali perseverano nel sostenere la destabilizzazione del paese arabo e alimentano così un pericolosissimo focolaio di tensione internazionale.

Il loro scomposto agitarsi di fronte alla decisione russa di fornire alla Siria il sistema di difesa contraerea (DCA) composto dai missili terra-aria a lunga gittata S-300, è la più chiara manifestazione di ciò. Sanno benissimo che con l’ombrello di questo sistema tutta la DCA siriana ne verrebbe rafforzata e che diventerebbe troppo costoso un loro intervento diretto nel conflitto tramite bombardamenti al tappeto effettuati con la scusa di imporre una zona di non sorvolo. Gli S-300 possono mettere in crisi l’opzione dell’air-power cui gli Stati Uniti amano ricorrere per rinnovare i fasti della politica delle cannoniere nel nuovo secolo. Chavez aveva tempo addietro chiosato: “per fortuna esistono la Russia e la Cina”.

Recentemente pare che la Russia, tramite il portavoce del Ministero degli Esteri Lukashevic, abbia cestinato l’ipotesi avanzata dagli Usa di istituire una zona di non sorvolo. L’esempio libico ha aperto gli occhi ai dirigenti del Cremlino e Putin appare determinato a non abbandonare la Siria alla sua sorte. Come Andropov, che nei primi anni ’80 aveva dotato i siriani di sistemi d’armi mai usciti prima dal Patto di Varsavia e che si era detto determinato a non consentire a nessuno di minacciare la Siria, anche Putin è cosciente dell’importanza strategica del suo alleato e del ruolo che oggi ricopre il dossier siriano nella partita globale per delineare un nuovo equilibrio di potenza a livello internazionale. La decisione russa di sostenere militarmente Damasco tramite l’invio dei missili antiaerei S-300 pare confermare che gli Usa e i loro alleati stanno giocando col fuoco. Difficilmente un aperto attacco alla Siria potrebbe restare localizzato come è avvenuto con le avventure belliche del passato recente. Il coinvolgimento nel conflitto dell’Iran e di altri attori regionali, di conseguenza, potrebbe trascinare nel baratro tutte le principali Potenze.

Per il momento i piani imperialisti per dare una svolta al conflitto che sia favorevole alle loro milizie sono dunque bloccati.

L’ipotesi più probabile è che continueranno a soffiare sul fuoco della guerra a bassa intensità per indebolire la Siria. Ma il pericolo che la situazione possa sfuggire di mano e innescare un’escalation è sempre in agguato.

Le ambizioni di Washington di imporre un ordine unipolare e le naturali tendenze verso la maturazione di un equilibrio internazionale più rispettoso degli interessi dei vari popoli e delle varie nazioni che non vogliono vedere calpestata la loro sovranità passa anche e forse principalmente dall’esito che avrà il braccio di ferro in corso nel Levante arabo.

 

 

 * Spartaco A. Puttini ha pubblicato su “Eurasia. Rivista di studi geopolitici” diversi articoli, tra i quali: L’immagine della Sfinge: l’Egitto nasseriano e l’opinione pubblica italiana (nr. 3/2005, pp. 115-124), Il Patto di Shanghai (nr. 3/2006, pp. 77-82), USA e Siria: storia di un antagonismo (nr. 2/2007, pp. 189-200), La zuffa per l’Africa (nr. 3/2009, pp. 169-178), La rivoluzione islamica dell’Iran (nr. 1/2010, pp. 249-262).

 

 

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AL-QAIDA APRE IL FRONTE LIBANESE?

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Gli Stati Uniti e i loro alleati lavorano per aprire un nuovo fronte del conflitto siriano in Libano. Il Libano si trova nel limbo per l’assenza di un governo e il rinvio delle elezioni parlamentari. A complicare le cose, molte figure istituzionali e comandanti militari sono andati in pensione e il governo provvisorio non è in grado di sostituirli. L’intervento di Hezbollah nel conflitto siriano ha dato una spinta al governo siriano contro le forze antigovernative che tentano di invadere la Siria. Ciò ha portato l’attenzione degli Stati Uniti e dei loro alleati sul Libano come nuovo campo di battaglia. Razzi vengono lanciati dalle forze antigovernative dalla Siria, e persino dal Libano, contro le roccaforti politiche di Hezbollah e contro i villaggi sciiti. L’obiettivo è accendere le fiamme della sedizione tra sciiti e sunniti in Libano.

 
Al-Qaida in Libano

La bandiera di al-Qaida ha sventolato in Libano per anni. Recandosi all’aeroporto di Beirut o viaggiando sulla strada per Sidone (Saida) è possibile vedere le bandiere nere di al-Qaida sventolare. Lo stesso vale per Tripoli (Trablos) e alcune aree di Beirut. Dal conflitto siriano è possibile vederle accanto alla bandierina dei ribelli siriani. Gli Stati Uniti e i loro alleati hanno effettivamente chiuso un occhio sul supporto che il partito Futuro di Saad Hariri fornisce ad al-Qaida. Vale la pena notare che l’attuale capo del Dipartimento affari politici del segretario di Stato USA, Jeffrey Feltman, ex ambasciatore USA in Libano prima di essere promosso al dipartimento di Stato degli Stati Uniti, ha chiuso un occhio sul supporto ad al-Qaida del partito Futuro della famiglia Hariri e della sua Alleanza del 14 Marzo. La famiglia Hariri ha una lunga alleanza con i takfiristi e i sostenitori di al-Qaida. In Libano sono alleati politicamente con i gruppi che apertamente venerano Usama bin Ladin. Furono la famiglia Hariri e i membri del loro partito Futuro che fecero anche entrare i combattenti che avrebbero formato Fatah al-Islam in Libano. Tale uso delle milizie takfiriste in Libano da parte della famiglia Hariri era volto ad attaccare Hezbollah. Sul piano regionale, la stessa strategia coinvolge i sovvenzionatori sauditi della famiglia Hariri e l’amministrazione di George W. Bush, che addestravano e armavano queste milizie nella lotta contro la Siria e l’Iran. Gli Hariri s’infuriarono quando Seymour Hersh li smascherò, rimproverandolo pubblicamente. Mesi dopo Fatah al-Islam sarebbe andato fuori controllo. L’Alleanza del 14 Marzo di Hariri in modo disonesto cercò d’incolpare la Siria e i palestinesi del sostegno e della creazione del gruppo. Seymour Hersh si sarebbe vendicato. I combattimenti in Libano tra i militari libanesi e Fatah al-Islam prefigurava gli eserciti che si ammassavano per il cambiamento di regime in Libia e Siria.

 

Tripoli e Sidone come estensioni del conflitto siriano

La seconda città del Libano, Tripoli, ha visto intensi combattimenti tra la comunità alawita libanese, rappresentata dal Partito Democratico arabo, e gli alleati takfiristi della famiglia Hariri. Gli alleati di Hariri a Tripoli sono aperti sostenitori di al-Qaida e delle forze antigovernative in Siria, hanno contrabbandato armi attraverso il confine libanese-siriano e inviato un gran numero di combattenti in Siria per rovesciare il governo di Damasco. Il partito Futuro venne anche coinvolto nel coordinamento di tutto ciò. La terza città più grande del Libano, Sidone, è stata anche teatro di scontri e tensioni tra Ahmed al-Assir, alleato di Hariri, e sostenitori e alleati di Hezbollah. Gli uomini di al-Assir hanno anche tentato di uccidere uno principali religiosi musulmani sunniti di Sidone, perché ha sempre detto che v’è il tentativo d’innescare un conflitto tra sciiti e sunniti in Libano e nella regione. Un contingente di militari libanesi ha dovuto mantenere la pace in città. Gli uomini di al-Assir hanno attaccato e ucciso membri delle forze armate libanesi senza nessun motivo apparente, il 23 giugno 2013. Questo ha acceso la battaglia a Sidone. Lo spesso fumo della città poteva essere visto da lontano. E’ stato riportato che membri delle forze antigovernative provenienti dalla Siria vi si erano uniti. L’esercito libanese ha schierato armi pesanti per combattere il gruppo di al-Assir.

 
L’obiettivo è costringere Hezbollah a ritirarsi dalla Siria colpendo il Libano

Lo Stato libanese è ora preso di mira. Vi è un crescente numero di attentati contro l’esercito libanese dal confine siriano, da quando Hezbollah è intervenuto in Siria. Vi erano già attacchi al Libano prima ancora che Hezbollah intervenisse nel conflitto siriano, ma erano per lo più destinati a provocare Hezbollah. Chi aggredisce lo Stato libanese, approfitta dell’assenza del governo e dell’assenza di leader in diverse istituzioni nazionali, per creare il caos in Libano. Vi sono attacchi contro villaggi sciiti e sunniti nella valle della Beqaa e violenze sono iniziate. E’ chiaro che l’obiettivo è far scontrare sciiti e sunniti. Questo è il motivo per cui Hezbollah ha chiesto agli sciiti della Beqaa di mantenere la calma. Proteste sono scoppiate in Libano. Le violenze di Sidone sono parte di una strategia. L’attacco non provocato di al-Assir contro l’esercito libanese è destinato a far aumentare la pressione sullo Stato libanese e ad esacerbare le tensioni tra sciiti e sunniti. Hezbollah si rifiuta di farsi coinvolgere in una battaglia confessionale in Libano. Mentre il movimento Amal, partito politico sciita alleato di Hezbollah, ha mobilitato le sue milizie e ha iniziato a presidiare le strade del sud e dell’est di Sidone, Hezbollah mantiene la calma. I media di Amal hanno riferito ampiamente degli eventi, anche in modo settario, ma i media di Hezbollah hanno dichiarato calma e ne hanno parlato poco.
Il Libano è al centro del mirino, allo scopo di costringere Hezbollah a ritirarsi dalla Siria, ripiegando all’interno. Essenzialmente, ora è il secondo fronte nel conflitto siriano. Gli Stati Uniti e l’Arabia Saudita hanno probabilmente chiesto alla famiglia Hariri di chiedere ai loro clienti affiliati ad al-Qaida di avviare le violenze in Libano e approfittare della debolezza dello Stato libanese.

 
 
* Mahdi Darius Nazemroaya è sociologo e ricercatore associato del Centro per la Ricerca sulla Globalizzazione (CRG). Attualmente riferisce dal Libano. Era a Sidone durante gli scontri e il dispiegamento delle forze armate libanesi.

 

Traduzione di Alessandro Lattanzio

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L’UTOPIA GEOPOLITICA DELL’ “IMPERO LATINO”

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Il Mar Mediterraneo, come topos del rapporto tra Europa e Vicino Oriente e con una naturale vocazione geopolitica di crocevia tra Nord e Sud del mondo, si presenta oggi al centro di un processo storico che vede un’ingerenza di attori atlantici, di natura “oceanica”.

Seguendo lo storico Mollat du Jourdin possiamo distinguere «due Mediterranei europei»,[i] cioè “due mari tra le terre” nel continente europeo. Di quello a nord aperto all’Oceano e «totalmente europeo»[ii] lo storico francese scrive: «i mari del Nord-ovest e del Nord europeo ritrovarono la loro vocazione ad essere il dominio del profitto e del potere, vocazione per altro mai dimenticata»;[iii] del Mediterraneo a sud, con il suo appellativo di mare nostrum, egli scrive che la sua natura sta nell’essere «un mare se non chiuso ad ogni modo incluso in un universo politico, dapprima unico, e centrato sull’Europa, e in seguito esteso all’Africa».[iv] Questo secondo Mediterraneo collocato nel Mezzogiorno dell’Europa si trova in una posizione geografica euro-afroasiatica che lo distingue da quello settentrionale sotto l’aspetto culturale ed antropologico conferendogli un carattere di unicità: «un mare su cui si affacciano tre continenti e tre religioni monoteistiche che non sono mai riuscite a prevalere l’una sull’altra».[v] Danilo Zolo osserva infatti che questo luogo sincretico di culture, popoli ed etnie differenti «come tale non è mai stato monoteista» e si presenta anzi come un «pluriverso irriducibile di popoli e di lingue che nessun impero mondiale oceanico può riuscire a ridurre ad unum».[vi] Nella misura in cui tale pluriverso ha un’unità storico-geografica ma non politica, economica e militare, la “deriva oceanica” del Mediterraneo si verifica attraverso un processo di erosione della sua unità, e sottrazione della suo spazio di autonomia geopolitica a favore di attori diversi da quelli dell’Europa mediterranea e del mondo arabo-musulmano.[vii] Questa considerazione geopolitica sull’unità del pluriverso mediterraneo deve essere congiunta con un’altra più specificamente storico-politica relativa alla crisi dello Stato-nazione, che Habermas, nel 1996, svolgeva nel seguente modo: «la sovranità degli stati nazionali si ridurrà progressivamente a guscio vuoto e noi saremo costretti a realizzare e perfezionare quelle capacità d’intervento sul piano sopranazionale di cui già si vedono le prime strutture. In Europa, Nordamerica e  Asia stanno infatti nascendo organizzazioni soprastatali per regimi continentali che potrebbero offrire l’infrastruttura necessaria alla tuttora scarsa efficienza delle Nazioni Unite».[viii] Le entità sovrastatali a cui fa riferimento il liberale Habermas, apologeta dell’operato dell’Onu e dell’Ue, non sono le stesse delineate dal filosofo hegeliano Alexandre Kojève. Tuttavia la diagnosi dell’idea di Stato-nazione, assieme alla prima considerazione sull’unità del pluriverso mediterraneo, costituisce il punto di avvio dell’intuizione geopolitica del filosofo russo-francese nel suo L’impero latino. Progetto di una dottrina della politica francese (27 agosto 1945). Questo Esquisse d’une doctrine de la politique française fu pubblicato in versione dimidiata solo nel 1990 sulla rivista diretta da Bernard-Henry Lévy («La Regle du Jeu», I, 1990, 1). Su questo testo, pubblicato integralmente in italiano nel 2004 all’interno di una raccolta di scritti di Kojève intitolata Il silenzio della tirannide, anche il filosofo italiano Giorgio Agamben ha recentemente richiamato l’attenzione[ix]; tuttavia esso è passato pressoché inosservato all’interno dell’ideologia europeista dominante.

La stesura di questo abbozzo di dottrina geopolitica francese avvenne nell’agosto 1945, e trasse occasione dalla cooptazione di Kojève da parte di un suo ex-allievo nei negoziati dell’Avana per la creazione del GATT.[x] Due sono le preoccupazioni che Kojève espone all’inizio del suo scritto, e sono strettamente legate alle immediate circostanze storiche francesi: una, più remota, era quella relativa allo scoppio di una terza guerra mondiale in cui il suolo francese sarebbe potuto diventare campo di battaglia tra russi e anglosassoni; l’altra, più concreta, era costituita dalla crescita del «potenziale economico della Germania», per cui l’«l’inevitabile integrazione di questo paese – che si tenterà di rendere “democratico” e “pacifico” – all’interno del sistema europeo comporterà fatalmente la riduzione della Francia al rango di potenza secondaria».[xi] Il quadro giuridico-politico internazionale sul quale si delinea l’analisi di Kojève è quello della progressiva crisi dello Stato-nazione, prodotto dalla modernità politica a vantaggio di «formazioni politiche che fuoriescono dai limiti nazionali».[xii] Lo Stato moderno per poter essere politicamente efficace deve, in questo mutato quadro geopolitico, poter poggiare su una «vasta unione “imperiale” di nazioni imparentate».[xiii] A provare tale tendenza secondo Kojève sarebbe anche l’insufficienza dello sviluppo militare, sempre più determinata dai limiti economici e demografici su scala nazionale che rendono impossibile la gestione di eserciti in una fase post-nazionale. Ma il limite è evidentemente nell’idea stessa di Stato-nazione.

Nella lettura storica che egli diede della sconfitta del Reich tedesco viene messa in rilievo l’impossibilità da parte di uno Stato di preservare un’esistenza politica sulla limitata base di uno Stato-nazione e con la sua connessa «ideologia nazionalista».[xiv] Da questo punto di vista nella sua analisi, similmente a quella svolta dal secondo Carl Schmitt, interessato all’idea di Grossraum sul piano internazionale, vi è «la consapevolezza del deperimento della sovranità statuale».[xv] La stessa diagnosi dell’idea e della realtà storica dello Stato-nazione è data oggi da Alain de Benoist, per il quale l’unità artificiale dello Stato-nazione è diventata ormai un’istanza di mediazione inefficace tra le tendenze centrifughe di regionalismi e irredentismi etnolinguistici dal basso e la pressione dei mercati mondiali dall’alto.[xvi]

Secondo Kojève l’erosione dell’efficacia politica dello Stato-nazione si poté già scorgere da un lato nel liberalismo borghese, che affermava il primato della società di individui sull’autonomia politica dello Stato, dall’altro nell’internazionalismo socialista, che pensava di realizzare il trasferimento della sovranità delle nazioni all’umanità.[xvii] Secondo il filosofo francese, se la prima teoria si caratterizzò per miopia nel non vedere un’entità politica sovranazionale, la seconda fu ipermetrope nel non scorgere entità politiche al di qua dell’umanità. Kojève intuì che la nuova struttura politica statale che si stava configurando sarebbe costituita da imperi intesi come «fusioni internazionali di nazioni imparentate».[xviii] Da un punto di vista storico-filosofico il Weltgeist hegeliano, prima di poter incarnarsi nell’umanità, sembra dover assumere la forma dell’Impero,[xix] senza con ciò rinunciare alla propria teleologia di una metempsicosi cosmostorica tesa ad una comunità mondiale. Una concreta realizzazione storica di un’entità politica sorretta dalla mediazione tra universalismo e particolarismo geopolitico sarebbe stata rappresentata dall’«imperial-socialismo» di Stalin, che si contrappose sia all’astratto Stato-umanità di Trotzki, sia al particolarismo del nazional-socialismo tedesco.

All’imperial-socialismo sovietico, o impero slavo-sovietico, si contrappose un’altra efficace entità politica che Kojève qualifica come imperiale: l’«impero anglo-americano».[xx] Nell’acuta analisi precorritrice del filosofo francese, la «Germania del futuro», estinguendosi come Stato-nazione caratterizzato da esclusivismo geopolitico ed autonomia politica in base al principio postvestfaliano dello Stato come superiorem non reconoscens,[xxi] «dovrà aderire politicamente all’uno o all’altro di questi imperi».[xxii] Da un punto di vista culturale-religioso, la parentela che egli individua tra anglosassoni e tedeschi si fonderebbe sull’ispirazione protestante comune. Il problema che si pose Kojève fu dunque specificamente geopolitico e tuttora assolutamente attuale: scongiurare la riduzione della Francia a «hinterland militare ed economico, e quindi politico, della Germania, divenuta avamposto militare dell’impero anglosassone».[xxiii] L’orientamento della Germania verso l’impero anglo-americano si sarebbe potuto osservare negli sviluppi storici e geopolitici successivi.

Ma nell’analisi dell’hegeliano francese, il problema della riduzione della sovranità coinvolgerebbe conseguentemente le altre nazioni dell’Europa occidentale «se si ostineranno a mantenersi nel loro isolamento politico “nazionale”».[xxiv] Il progetto politico proposto da Kojève è teso quindi alla creazione di una terza potenza tra quella ortodossa slavo-sovietica e quella protestante germano-anglo-sassone: un impero latino alla cui testa possa porsi la Francia al fine di salvaguardare la propria specificità geopolitica assieme a quella di altre nazioni latine, minacciate da un bipolarismo mondiale che preme su uno spazio mediterraneo da oriente e da occidente.

La vocazione di tale progetto imperiale non potrebbe però avere un carattere imperialistico, perché non sarebbe capace di un sufficiente potere offensivo verso gli altri due imperi, ma avrebbe piuttosto la funzione di preservare la pace e l’autonomia geopolitica di un’area che si sottrae al pericolo di egemonie imperialistiche esterne impedendo che il proprio spazio diventi campo di battaglia di Asia e Pacifico.[xxv] L’analisi della situazione della Francia svolta da Kojève rivela però alcune precise difficoltà di realizzazione di questo progetto politico. Secondo il filosofo francese alla «fine del periodo nazionale della storia»[xxvi], che peraltro la Francia faticherebbe a riconoscere, si aggiunge un processo di «spoliticizzazione» del Paese, cioè di perdita della volontà politica ed una conseguente decadenza sotto il piano sociale, economico e culturale. Un progetto sovranazionale implica un dinamismo diplomatico e uno sforzo di mediazione culturale di cui i paesi latini si devono assumere l’impegno. La parentela che Kojève scorge tra le nazioni latine come Francia, Italia e Spagna, e che costituisce l’elemento coesivo di un progetto di entità politica postnazionale, è caratterizzato da un punto di vista culturale da «quell’arte del tempo libero che è l’origine dell’arte in generale».[xxvii] Tale peculiarità dell’«Occidente latino unificato»[xxviii] sarebbe un aspetto identitario omogeneo ai Paesi latini e rimarrebbe ineguagliato dagli altri due imperi. Per questa ragione antropologico-culturale Danilo Zolo può affermare che «l’area mediterranea vanta la più grande concentrazione artistica del mondo».[xxix]

Più in generale, secondo Kojève la formazione di entità politiche imperiali dopo lo Stato-nazione è rafforzata dalla coesione di queste nazioni imparentate con le Chiese più o meno ufficiali ad esse corrispondenti.[xxx] Questa parentela o unione latina può diventare un’entità politica reale solo formando un’autentica unità economica, condizione materiale di esistenza di tale progetto sovranazionale. Ben lungi dall’essere un vettore di conflitto, tale impero latino potrebbe garantire un’intesa politicamente efficace tra culture diverse ma unite nello stesso spazio di appartenenza e comunità di destino. È su questa identità geopolitica comune che è possibile pensare ad un efficace antidoto contro l’idea di clash of civilizations, costitutivamente estranea all’area mediterranea: «un’intesa tra la latinità e l’islam – scrisse Kojève – renderebbe singolarmente precaria la presenza di altre forze imperiali nel bacino mediterraneo».[xxxi]

Da questo punto di vista identitario-culturale, la considerazione sull’esigenza di unità economica nell’area latina delineata dal filosofo francese è ben lontana dal liberalistico primato dell’economico sul politico che si è affermato ed istituzionalizzato successivamente nell’Unione europea. L’unione economica dei Paesi latini è infatti pensata solo come condizione, mezzo dell’unità imperiale latina, non come una sua ragion d’essere, perché il fine ultimo di questa è essenzialmente politico ed è sorretto da un’ideologia specifica. Categoria fondamentale dell’ideologia dell’unità imperiale latina è l’indipendenza e l’autonomia, alla quale si rivelano subordinati altri aspetti come quelli di potenza e di grandezza. Una politica militarista secondo Kojève tradisce una insicurezza e minaccia di instabilità che la formazione di un progetto sovrastatale mediterraneo dovrebbe allontanare: «il militarismo nasce dal pericolo e soprattutto dalla sconfitta, cioè da una debolezza solo probabile o già verificatasi».[xxxii] Per questa ragione il fenomeno di militarismo ed imperialismo viene da Kojève rigettato come «meschino», e spiegato come il riflesso di uno Stato-nazione fragile e non di una struttura politica imperiale.

A tale impero latino dovrà corrispondere un esercito sovranazionale «sufficientemente potente da assicurargli un’autonomia nella pace e una pace nell’autonomia» e non nella dipendenza di uno dei due imperi rivali.[xxxiii] Come già rilevato sopra, la potenza militare dell’impero latino né potrebbe, né dovrebbe avere carattere offensivo, ma piuttosto un carattere difensivo riferito ad una concreta localizzazione nello spazio: «l’idea di un Mediterraneo “mare nostrum” potrebbe e dovrebbe essere il fine concreto principale, se non unico, della politica estera dei latini unificati […] si tratta di detenere il diritto e i mezzi di chiedere una contropartita a coloro che vorranno circolare liberamente in questo mare o di escluderne altri. L’accesso o l’esclusione dovranno dipendere unicamente dall’assenso dell’impero latino grazie ai mezzi di cui esso solo può disporre».[xxxiv] L’isolamento dei singoli paesi latini non li farebbe altro che naufragare sul blocco imperiale anglo-sassone, trasformandoli in «satelliti nazionali»[xxxv] di una delle due formazioni imperiali straniere. Interessante è l’osservazione di Kojève sul pericoloso potenziale di squilibrio geopolitico ed economico che la Germania può costituire rispetto ai Paesi latini e all’Europa intera: «se il pericolo di una Germania nemica sembra essere scongiurato per sempre, il pericolo economico rappresentato da una Germania “alleata” affrontato all’interno di un blocco occidentale che sia un’emanazione dell’impero anglosassone non è affatto chimerico, mentre rimane, anche sul piano politico, incontestabilmente mortale per la Francia»[xxxvi] e per gli altri Paesi latini. L’impero latino come entità politica autonoma potrebbe essere in grado di «opporsi in maniera costante ad un’egemonia continentale tedesca» o anglo-americana.

L’idea di impero latino non deve cioè essere connessa ai limiti di un anacronistico Stato-nazione, ma riferito a «fusioni internazionali di nazioni imparentate»[xxxvii] o «unione internazionale di nazioni imparentate».[xxxviii]

I problemi politici interni che ostacolerebbero il progetto di impero latino in Francia sarebbero secondo Kojève costituiti sia dal «quietismo economico e politico» che paralizza l’intraprendenza politica del Paese, cioè ostacolano «l’attività negatrice del dato, quindi creatrice e rinnovatrice», sia da formazioni partitiche che si rivelano essere «tanto più intransigenti nel loro atteggiamento quanto meno questo è dottrinale».[xxxix] La compresenza di questi due aspetti agirebbe in modo ostativo rispetto al progetto di impero latino, e non possiamo certo dire che oggi, sotto l’esperienza del commissariamento tecnico-economico dei governi e nella caotica frammentarietà di partiti deideologizzati la situazione possa definirsi più idonea sul piano fattuale per la costruzione di un progetto geopolitico sovranazionale alternativo.

Nell’analisi che Kojève svolge sulla possibile collaborazione ed idoneità dei vari partiti politici esistenti in Francia rispetto al progetto di impero latino, di grande rilievo è il rapporto che viene delineato tra formazione imperiale e Chiesa. Nella nascente fase storica di formazione di imperi post-nazionali le Chiese cristiane tra loro separate sembrano abbisognare dell’esistenza di compagini intermedie tra l’umanità e le nazioni.[xl] Si potrebbe quindi osservare un isomorfismo strutturale dal punto di vista geopolitico tra le Chiese separate e le formazioni imperiali: né universalistici, né limitati in un’anacronistica idea di Stato-nazione. La Chiesa cattolica, in questo quadro geopolitico in cui i movimenti imperiali rappresentano l’attualità, acquisirebbe «il patrocinio spirituale dell’impero latino»[xli] e, tenendosi salda alla propria natura di Chiesa potenzialmente universale, ricorderebbe all’impero latino il suo carattere storicamente transitorio all’interno dello sviluppo storico. Il progetto di impero latino nella sua configurazione storica e geopolitica si differenzia dal Grossraum schmittiano per il fatto che esso non esercita, o almeno non primariamente, la funzione di katechon[xlii] perché da un punto di vista geopolitico rappresenta «la forma intermedia tra Vestfalia e Cosmopolis»,[xliii] e sul piano storico «prepara e anticipa lo stato mondiale».[xliv]

Questo progetto per una dottrina geopolitica francese e mediterranea seppur si inquadri in un rapporto di opposizione all’unipolarismo anglo-americano e sia schiettamente orientato in una prospettiva multipolare, dal punto di vista storico-escatologico diventa vettore di realizzazione dell’idea di Stato-umanità secondo l’umanismo filosofico di Kojève.

L’8 maggio di quest’anno, a proposito del progetto geopolitico di questo singolare «marxiste de droite»[xlv], è apparso sulla rivista tedesca Die Welt un articolo che, al contrario di quello di Agamben, non è affatto passato inosservato. Il sociologo tedesco Wolf Lepenies,[xlvi] nella sua risposta al duro documento del Partito socialista francese contro il dogma economico dell’austerità tedesca, chiama in causa la dottrina geopolitica di Kojève di un’unione contro la Germania, che sembrerebbe acquisire fama e simpatie presso la sinistra francese e troverebbe risonanza presso il filosofo italiano Agamben. L’articolo di Lepenies è critico anche verso l’intuizione kojèviana di una Germania che persegue i propri vantaggi economici all’ombra di un blocco euro-atlantista. Tale episodio è significativo sul piano negativo: un articolo di un quotidiano tedesco conservatore di oggi, fondato dalle forze inglesi vincitrici nel 1946, rivolto contro il progetto geopolitico alternativo da un filosofo francese pensato nel dopoguerra non può che assumere rilievo sotto il profilo della teoria geopolitica contemporanea. Il binomio Germania-Eurolandia, col suo potenziale destabilizzante per il continente europeo e in particolare per i paesi mediterranei europei, può essere ridiscusso solo a partire dalla critica al suo fondamento geopolitico euro-atlantista, come intuì Kojève all’indomani della Seconda Guerra Mondiale.

 
 
 





[i] MOLLAT DU JOURDIN M., L’Europa e il mare dall’antichità ad oggi, Laterza, Roma-Bari, 2004, p. 14.

[ii] Ivi, p. 29.

[iii] Ivi, p. 66.

[iv] Ivi, p. 29.

[v] ZOLO D., Per un dialogo fra le culture del Mediterraneo in AA. VV., Mediterraneo. Un dialogo tra le sponde, a cura di F. Horchani e D. Zolo, Jouvence, Roma, 2005, p. 18.

[vi] Ibidem.

[vii] Cfr. ZOLO D., La questione mediterranea, in AA. VV., L’alternativa mediterranea, a cura di F. Cassano e D. Zolo, Feltrinelli, Milano, 2007, pp. 18-21. Cfr. anche l’interessante intervista di Alain de Benoist rivolta a Danilo Zolo su questo tema reperibile nel seguente sito: http://www.juragentium.org/topics/med/it/benoist.htm.

[viii] HABERMAS J., Lo stato-nazione europeo. Passato e futuro della sovranità e della cittadinanza in ID., L’inclusione dell’altro. Studi di teoria politica, Feltrinelli, Milano, 1998, pp. 120-121.

[ix] Il titolo dell’articolo di Giorgio Agamben apparso su Repubblica il 15 marzo di quest’anno si intitola “Se un impero latino prendesse forma nel cuore dell’Europa”, ed è reperibile nel seguente sito:  http://ricerca.repubblica.it/repubblica/archivio/repubblica/2013/03/15/se-un-impero-latino-prendesse-forma-nel.html.

[x] TEDESCO F., L’impero latino e l’idea di Europa. Riflessioni a partire da un testo (parzialmente) inedito di Alexandre Kojève, in AA. VV., Quaderni fiorentini per la storia del pensiero moderno, vol. XXXV, Giuffrè Editore, Milano, 2006, p. 379.

[xi] KOJÈVE A., L’impero latino. Progetto di una dottrina della politica francese, in ID., Il silenzio della tirannide, Adelphi, Milano, 2004, p. 163.

[xii] Ivi, p. 164.

[xiii] Ivi, p. 165.

[xiv] Ivi, pp. 167-168.

[xv] TEDESCO F., L’impero latino e l’idea di Europa. Riflessioni a partire da un testo (parzialmente) inedito di Alexandre Kojève, in op. cit., p. 393.

[xvi] Cfr. DE BENOIST A., L’idea di Impero, in AA. VV., Eurasia. Rivista di studi geopolitici, n.° 1/2013.

[xvii] KOJÈVE A., L’impero latino. Progetto di una dottrina della politica francese, in op. cit., pp. 168-169.

[xviii] Ivi, p. 169.

[xix] Ivi, p. 170.

[xx] Ivi, p. 171.

[xxi] ZOLO D., Globalizzazione. Una mappa dei problemi, Laterza, Roma-Bari, 2009, p. 68.

[xxii] KOJÈVE A., L’impero latino. Progetto di una dottrina della politica francese, in op. cit., p. 172.

[xxiii] Ivi, p. 173.

[xxiv] Ivi, p. 174.

[xxv] Ivi, p. 175.

[xxvi] Ivi, p. 179.

[xxvii] Ivi, p. 183.

[xxviii] Ivi, p. 184.

[xxix] ZOLO D., La questione mediterranea, in AA. VV., L’alternativa mediterranea, op. cit., p. 17.

[xxx] KOJÈVE A., L’impero latino. Progetto di una dottrina della politica francese, in op. cit., p. 185.

[xxxi] Ivi, p. 188.

[xxxii] Ivi, p. 193.

[xxxiii] Ibidem.

[xxxiv] Ivi, p. 195.

[xxxv] Ivi, p. 196.

[xxxvi] Ivi, p. 197.

[xxxvii] Ivi, p. 169.

[xxxviii] Ivi, p. 181.

[xxxix] Ivi, p. 198.

[xl] Ivi, p. 208.

[xli] Ivi, p. 209.

[xlii] SCHMITT C., Il nomos della terra nel diritto internazionale dello “jus publicum europaeum”, a cura di Franco Volpi, Adelphi, 2003, p. 42 e sgg.

[xliii] TEDESCO F., L’impero latino e l’idea di Europa. Riflessioni a partire da un testo (parzialmente) inedito di Alexandre Kojève, in op. cit., p. 394.

[xliv] Ivi, p. 398.

[xlv] AUFFRET D., Alexandre Kojève, La philosophie, l’État, la fin de l’Histoire, Paris, Grasset, 1990, p. 423, cit. in TEDESCO F., L’impero latino e l’idea di Europa. Riflessioni a partire da un testo (parzialmente) inedito di Alexandre Kojève, in op. cit., p. 401.

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ENTRETIEN AVEC GEORGES CORM – PANORAMA DU MOYEN-ORIENT

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Propos recueillis par Sixtine de Thé, à Beyrouth

George Corm, économiste libanais, est un des éminents spécialistes du Moyen-Orient et de la Méditerranée. Outre son statut de consultant économique et financier international, il est professeur depuis 2001 à l’Université Saint-Joseph de Beyrouth, dans le cursus des sciences politiques. Ses ouvrages les plus célèbres sont L’Europe et l’Orient (La Découverte) ; Orient-Occident, la fracture imaginaire (La Découverte) ; La question religieuse au XXIè siècle (La Découverte) ; Le nouveau gouvernement du monde, idéologie, structures, contre-pouvoirs (La Découverte) ; Pour une lecture profane des conflits (La Découverte) ; Le Proche-Orient éclaté 1956-2012, 2 volumes (Folio/histoire). Ils sont traduits en plusieurs langues.

 

 

Le Moyen-Orient est en pleine recomposition. Comment expliquez-vous cette évolution ? Etait-elle en germe, et depuis quand ?

Il y a beaucoup d’observateurs qui pensent en effet que nous sommes dans l’ère de la fin des accords franco-britanniques dits Sykes-Picot (1916) qui ont balkanisé ce qu’on appelait, au début du siècle passé, les provinces arabes de l’Empire ottoman. Ou d’autres qui parlent de période de transition de régimes autoritaires vers des régimes de type démocratique. Je pense que dans les deux cas, nous sommes loin de tels scénarios. En effet, la remise en cause des Etats existants paraît quand même assez difficile, sauf à généraliser des situations de chaos partout. Si nous prenons le modèle syrien, ou éventuellement le modèle libyen où il y a emploi massif d’armes venues de l’extérieur, à la limite on peut dire qu’il y a des zones d’influences qui se mettent en place sous l’égide des grands acteurs régionaux et internationaux. Mais enfin je ne vois pas d’Etats disparaître de la carte et de nouveaux Etats être créés et reconnus, comme cela a pu être le cas avec l’ex-Yougoslavie. Probablement si nous étions en contact géographique direct avec l’Europe, ceci aurait pu arriver, mais sur l’autre rive de la Méditerranée cela paraît quand même nettement plus difficile. D’un autre côté, pour ce qui est de la transition vers la démocratie, le problème qui se pose aujourd’hui est essentiellement celui de la nature des mouvances islamiques sur lesquelles les milieux européens et américains ont misé depuis bien des années. Ces mouvances, trop souvent idéalisées, ont désormais montré leur vrai visage, celui d’un autoritarisme et d’un désir de contrôle des libertés individuelles.

Nous avons donc un problème aigu, important, qui va déterminer l’avenir : est-ce que les mouvances de type modernistes, laïques ou attachées aux libertés individuelles et qui refusent le référent religieux dans le fonctionnement d’un système politique vont pouvoir s’affirmer face aux mouvances islamiques ? On peut être inquiet si l’on prend en compte le fait que ces dernières jouissent jusqu’ici de l’appui total de l’Occident et qu’elles bénéficient en outre de très importants financements en pétrodollars, en provenance des royautés et émirats pétroliers alliés des Etats-Unis et de l’Europe. Ce sera donc une très longue bataille, très intéressante. C’est cette bataille qui va décider du sort du monde arabe et de la possibilité pour ces pays arabes d’établir non seulement de véritables règles démocratiques, mais aussi une véritable indépendance par rapport aux forces régionales et internationales.

 

 

Concernant la crise syrienne, de nombreux acteurs sont impliqués (Qatar, Arabie Saoudite, Turquie, Israël). Pourquoi ?

Mais vous avez oublié dans cette liste la France, l’Angleterre, les Etats-Unis ! J’ai eu l’occasion d’expliquer dans diverses interviews que dès le départ, il y a une différence fondamentale entre la révolte syrienne et ce qui s’est passé en Tunisie, en Egypte et au Yémen. En Syrie, vous aviez un malaise rural important depuis 2007, du fait d’une série d’années de sècheresse, puis du fait que le gouvernement a voulu faire plaisir au Fonds Monétaire International et aux pays occidentaux, et qui s’est mis à supprimer pas mal des subventions dont jouissait l’agriculture. Les observateurs de terrain en Syrie savaient que le monde rural, autrefois très privilégié par le régime et qui avait longtemps constitué sa base essentielle, commençait vraiment à connaître un état de mécontentement grandissant.

Quand vous regardez où ont eu lieu les manifestations en Syrie, quelle était la composition sociale des manifestants et quel était leur nombre, on voit bien qu’ils étaient des ruraux pauvres dans des régions rurales pauvres périphériques, situées aux frontières avec la Jordanie et la Turquie. Les images parlaient d’ailleurs d’elles-mêmes. Elles contrastaient avec les grandioses manifestations de masse, tunisiennes, yéménites ou égyptiennes, où tous les groupes sociaux et toutes les classes d’âge étaient au rendez-vous. On a très vite assisté à l’arrivée d’armes aux mains des groupes d’opposants qui se sont constitués sur le terrain. De plus, il y a eu le déchaînement d’une guerre médiatique absolument spectaculaire contre le régime syrien. Or, les manifestations de masse en Syrie ont eu lieu en faveur du régime et contre l’opposition armée ; dans ces manifestations on a vu toutes les classes sociales, tous les groupes d’âge et de très nombreuses femmes…

C’est donc une différence absolument fondamentale par rapport aux autres situations de révoltes dans le monde arabe. Par ailleurs, l’armée ne s’est nullement effondrée et elle a fait face avec de plus en plus de détermination et de violence à l’arrivée, de l’international, de combattants qu’on appelle à tort Djihadistes, parce que lorsque des musulmans tuent d’autres musulmans, cela n’est pas un djihad. On a donc eu en Syrie un scénario qui s’est mis en place qui est en train d’aboutir à une destruction systématique de la société syrienne et de sa richesse matérielle (infrastructures, habitations, potentiel industriel). C’est une répétition de ce que la communauté internationale a fait subir à l’Irak et demain nous verrons – comme cela s’est passé en Irak ou auparavant au Liban – que sous prétexte de reconstruction, le pays sera pillé par des grosses entreprises de BTP arabes ou turques ou internationales. On a déjà vu cela au Liban où, au sortir des quinze ans de violence entre 1975 et 1990, le pays a été enfoncé dans une dette invraisemblable et où après vingt-deux ans de reconstruction il n’y a toujours pas d’eau ou d’électricité courantes ! Et en Irak, malgré son énorme richesse pétrolière, les grandes infrastructures d’eau et d’électricité ne sont toujours pas complètement reconstruites. Il faut donc s’attendre à un même scénario en Syrie.

Par ailleurs, il faut bien voir que les données internes syriennes sont tout à fait secondaires dans le conflit, car la Syrie est devenue un champ d’affrontement colossal entre, d’un côté les deux grandes puissances montantes, la Chine et la Russie, ainsi que l’Iran, et de l’autre les pays occidentaux, l’OTAN… dont le but est très clairement de faire sauter les derniers verrous anti-israéliens de la région, ces derniers verrous étant essentiellement constitués de l’axe Iran-Syrie-Hezbollah qu’on appelle, pour le dénigrer et pour donner dans le sensationnel, « l’arc chiite ». Beaucoup d’analyses se font à base de sensationnel communautaire qui est instrumentalisé pour faire croire que le conflit est entre chiites et sunnites à l’échelle régionale, alors qu’il s’agit d’un problème de géopolitique très profane. Il y a aussi des considérations pétrolières et gazières qui entrent en jeu.

 

 

Pensez-vous qu’un embrasement régional pourrait avoir lieu dans le contexte de la crise syrienne, notamment au Liban ?

Déjà en 2007, dans la revue Futurible, j’avais évoqué un scénario de troisième guerre mondiale éventuelle, déclenchée autour la question du développement de la capacité nucléaire iranienne. Car les passions anti-iraniennes étaient déjà d’une virulence peu commune qui n’a pas baissé de registre. Le reproche fait à l’Iran étant sa rhétorique anti-israélienne et surtout son aide au Hezbollah libanais passant par la Syrie. Aussi, l’axe Iran, Syrie, Hezbollah est-il considéré depuis des années comme à abattre dans les milieux de l’OTAN. Or, il faut bien voir que même si cet axe est réduit ou affaibli ou disparaît, il rebondira ou sera reconstitué différemment, et ceci tant que l’Etat israélien continuera de se comporter comme il se comporte vis-à-vis des Palestiniens qui continuent d’être dépossédés de ce qu’il leur reste de terre, mais aussi vis-à-vis des Libanais qu’ils ont énormément fait souffrir entre 1968 (date du premier bombardement contre le pays) et 2000, lorsque l’armée israélienne est forcée de se retirer du pays après 22 ans d’occupation, puis tente en 2006 de supprimer le Hezbollah par une série de bombardements massifs qui durent 33 jours.

On a déjà assisté, à plusieurs reprises, à l’espoir d’avoir « débarrassé » le Moyen-Orient des forces hostiles à la domination israélo-américaine de la région. Ils ont tous été déçus. Cela a été le cas lors de la seconde invasion du Liban par Israël en 1982, qui a abouti à l’exil de l’OLP en Tunisie et dans d’autres pays loin des frontières israéliennes. Puis, cela a été le cas avec la conférence de Madrid et les accords israélo-palestiniens d’Oslo en 1993. Enfin cela a recommencé avec l’invasion de l’Irak en 2003 qui a fait penser que le Moyen-Orient serait en paix grâce à l’élimination de Saddam Hussein. C’est pour cela que je parle des « passions » américaines et européennes en faveur d’Israël, qui empêchent toute possibilité raisonnable de rendre aux Palestiniens leurs droits. Tant que cette situation n’est pas réglée conformément aux lois internationales, et non pas par la force, le Moyen-Orient va rester en ébullition avec tous ces risques d’affrontements dont nous parlons, et qui peuvent effectivement s’embraser.

Ceci dit, il faut bien voir que dans ces passions, la folie n’est pas totale, c’est-à-dire que les Etats-Unis, après des déploiements militaires qui leur ont coûté énormément (Afghanistan et Irak) et où curieusement ils ne sont pas venus à bout de Al Qaïda, n’ont plus envie d’aventures militaires extérieures. Ce qui est une bonne chose. Maintenant, ils ont trouvé des relais régionaux qui sont notamment la Turquie, qui avait l’air prête à se battre jusqu’au bout contre la Syrie, quatre ans seulement après avoir signé des accords de coopérations, d’amitiés, de fraternité, de libre échange avec ce pays. Ils ont trouvé également les pétrodollars qui financent les armées de combattants venus de l’extérieur.

L’on s’attendait, dans ces Etats intervenants extérieurs, à ce que l’armée syrienne s’effondre rapidement et tout le régime avec. Mais cela n’est pas arrivé, à la surprise générale de tous ceux qui connaissaient très mal le contexte syrien. Et aujourd’hui, l’armée semble reprendre le dessus militairement. Toutefois, tant que le gouvernement syrien ne pourra pas contrôler ses frontières, qui sont très longues avec la Turquie, l’Irak, la Jordanie et le Liban, les combats et la destruction de la Syrie vont continuer. Quant à ce projet de conférence à Genève, ce n’est qu’un mauvais théâtre. Il me rappelle celui d’il y a quarante ans, lorsque les soviétiques réclamaient une conférence internationale sur la Palestine à laquelle ils se seraient associés. Or, il n’y a eu qu’une seule séance orpheline d’apparat, les Américains et les Israéliens ne souhaitant pas accorder de l’influence à l’URSS dans ce conflit. Donc je suis très sceptique face à ce projet de conférence. Jusqu’ici, nous voyons des rencontres américano-russes sur la Syrie pour organiser une conférence entre les parties au conflit, mais sitôt la réunion terminée, les déclarations des parties au conflit contredisent la volonté d’apaisement.

Concernant les retombées sur le Liban, elles sont très intéressantes. Le gouvernement libanais a prétendu sagement vouloir rester neutre dans le conflit syrien. Ceci en application du slogan qui existe depuis des années : « le Liban d’abord ». Il s’agit d’ailleurs d’un slogan que même l’OLP avait adopté après sa sortie de Beyrouth en 1982 en vertu duquel « la Palestine d’abord ». On le trouve aussi en Irak après l’invasion américaine et on l’entend dans les milieux de l’opposition syrienne. Or, l’on a vu combien ce slogan a abouti à affaiblir les dirigeants de l’OLP qui sont impuissants devant la colonisation, mais à affaiblir aussi l’Irak.

Au Liban, ceux qui ont porté ce slogan ne l’appliquent pas, puisqu’ils sont les premiers à s’impliquer militairement par l’envoi de combattants dans la situation syrienne, de même que le Hezbollah le fait, l’arrivée de son armement dépendant largement de la survie du régime syrien, et donc aussi à terme sa propre survie. C’est pourquoi je pense que l’insécurité va demeurer sur toutes les zones géographiques libanaises limitrophes à la Syrie, puisque les combattants vont et viennent. Tout cela alors que l’armée israélienne est toujours surpuissante et a vraisemblablement des velléités d’intervenir à nouveau au Liban dans l’espoir de réussir à faire disparaître le Hezbollah. Cependant, je ne pense pas que l’insécurité va se propager sur tout le territoire. Certes, il y a à Saïda ce cheikh salafiste, radical et anti-Hezbollah qui veut faire le coup de feu contre ce parti. Il est brusquement apparu sur la scène libanaise depuis un an, vraisemblablement financé par les pétrodollars saoudien ou Qatari. La ville de Saïda connaît donc une période troublée, mais dans l’ensemble, la population de la ville est calme, à l’inverse de la ville de Tripoli, qui peut se laisser gagner par le radicalisme islamique. Par contre, plus inquiétant est le délitement des institutions de l’Etat. Mais le Liban sait s’autogérer.

 

 

Que pensez-vous de la situation du pouvoir hachémite en Jordanie ?

Je crois que les Israéliens doivent continuer à se gratter la tête : faut-il essayer de faire un Etat palestinien en Transjordanie, ce qui est un vieille idée d’Ariel Sharon pour régler le problème palestinien, et ce qui permettrait du même coup d’expulser les Palestiniens restés dans ce qui est devenu le territoire d’Israël. Ou bien faut-il mieux conserver cet allié fidèle des Etats-Unis qu’est la monarchie jordanienne, qui garantit la sécurité de la frontière avec Israël. Mais comme je ne suis pas dans le secret de la pensée stratégique israélienne, je n’ai pas de réponse.

 

 

Après le deuxième mandat de Barack Obama, voit-on un repositionnement de la politique américaine concernant le Moyen-Orient ?

Non, quand on regarde les Etats-Unis et qu’on cherche à déterminer leurs objectifs principaux, on constate ceci : un, la sécurité d’Israël, et donc qu’Israël puisse continuer de coloniser comme elle le fait depuis 1967. Deux, empêcher l’Iran d’avoir l’armement nucléaire. Dans le sillage évidemment, démanteler l’axe Iran-Syrie-Hezbollah, et ce toujours pour la sécurité d’Israël. Et puis, le contrôle des routes d’approvisionnement pétrolier, et le maintien de l’hégémonie que l’Europe a eu puis que les Etats-Unis ont de concert avec l’Europe sur toute cette zone hautement stratégique pour l’économie et la géopolitique mondiales. C’est très simple à décrypter. Quand Barack Obama a fait son célèbre discours au Caire en 2009, il était dans la droite ligne de la politique américaine traditionnelle, il n’en a pas bougé d’un iota. Ce n’est pas le fait d’inclure la citation de deux versets du Coran dans le texte du discours qui exprime un changement de politique, ce que peut être certains ont naïvement pensé ! Mais simplement les Etats-Unis, comme je disais, sont aujourd’hui beaucoup plus prudents, et cet Etat n’a pas envie de nouvelles aventures militaires extérieures, ce qui est le facteur qui calme le jeu. En tous cas, entre la politique du président George W. Bush et celle de Barack Obama, les mêmes constantes sont affirmées. Lors de son récent voyage en Israël, ce dernier a prononcé des paroles inconditionnellement favorables à l’Etat d’Israël et à sa politique, comme l’ont fait tous les présidents successifs, à l’exception d’Eisenhower et plus accessoirement George Bush père et son ministre des Affaires étrangères, James Baker, qui a protesté énergiquement contre la continuation de la colonisation et a même annulé des aides américaines à l’Etat d’Israël.

 

Les Clés du Moyen-Orient , 21 juin 2013.

 

http://www.silviacattori.net/article4581.html

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EDWARD SNOWDEN E ALTRI ‘SPIFFERATORI’ DEGLI USA

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William Blum, The Anti-Empire Report -118, 26 giugno 2013

 

Edward Snowden

Nel corso della sua vita professionale nel mondo della sicurezza nazionale, Edward Snowden deve aver affrontato numerose interviste d’indagine, esami con la macchina della verità ed estremamente dettagliati controlli personali, così come la compilazione di infiniti moduli accuratamente progettati per catturare ogni tipo di menzogna o incoerenza. Il Washington Post (10 giugno) ha riferito che “alcuni funzionari hanno detto che la CIA ora, senza dubbio, inizierà a rivedere il processo con cui Snowden è stato assunto, cercando di determinare se fossero stati trascurati dei segnali che un giorno avrebbe tradito i segreti nazionali.”

Sì, c’era un segnale che hanno ignorato, Edward Snowden aveva qualcosa dentro di lui, una forma di coscienza, soltanto in attesa di una causa. E’ stato lo stesso per me. Andai a lavorare presso il dipartimento di Stato, allo scopo di diventare un funzionario del servizio esteri, con le migliori, le più patriottiche, intenzioni, facendo del mio meglio per uccidere la bestia della Cospirazione Comunista Internazionale. Ma poi l’orrore quotidiano di ciò che gli Stati Uniti facevano al popolo del Vietnam entrò a casa mia tramite ogni tipo di media, e ciò mi addolorava. La mia coscienza aveva trovato la sua causa, e nulla di ciò che risposi all’intervista di pre-assunzione avrebbe allertato i miei interrogatori del possibile pericolo che ponevo, perché non lo sapevo io stesso. Nessuna domanda dei miei amici e parenti avrebbe suscitato il minimo accenno del radicale attivista contro la guerra che sarei diventato. I miei amici e parenti dovevano essere sorpresi quanto lo ero io di esserlo. Non c’era alcun modo per l’ufficio di sicurezza del dipartimento di Stato di sapere che non avrei adottato e celato un tale segreto. (1)

Così cosa può farci un povero Stato di sicurezza nazionale? Beh, potrebbe prendere in considerazione il proprio comportamento. Smettere di fare tutte le cose terribili che rattristano  persone come me, Edward Snowden e Bradley Manning, e tanti altri. Fermare i bombardamenti, le invasioni, le guerre infinite, le torture, le sanzioni, i golpe, il sostegno alle dittature, il sostegno assoluto ad Israele, fermare tutte le cose che rendono gli Stati Uniti tanto odiati, creando tutti questi terroristi anti-americani che costringono lo Stato di Sicurezza Nazionale, per pura autodifesa, a spiare il mondo intero.

 

 

Origliare il pianeta

Quanto sopra è il titolo di un saggio che ho scritto nel 2000, apparso in un capitolo nel mio libro Con la scusa della libertà: Guida all’unica superpotenza del mondo. Ecco alcuni stralci che possono aiutare a mettere le attuali rivelazioni di Edward Snowden in prospettiva…

Le persone del 21° secolo possono immaginare una maggiore violazione della privacy su tutta la terra, di tutta la storia? Se è così, non devono che aspettare che la tecnologia sia al passo con la loro immaginazione. Come un mega-aspirapolvere nel cielo, la National Security Agency (NSA) succhia di tutto: il telefono di casa, telefono d’ufficio, telefono cellulare, email, fax, telex… trasmissioni satellitari, il traffico delle comunicazioni su fibra ottica, ponti radio… voce, testi, immagini… vengono continuamente captati dai satelliti in orbita sulla Terra, poi elaborati dai computer ad alta potenza… se funziona con l’energia elettromagnetica, la NSA è lì, con l’altissima tecnologia.  Ventiquattro ore al giorno. Forse miliardi di messaggi vengono aspirati ogni giorno. Nessuno sfugge. Non i presidenti, primi ministri, il Segretario Generale, il Papa, la regina d’Inghilterra, le ambasciate, gli amministratori delegati delle multinazionali, amici, nemici, tua zia Nina… se Dio ha un telefono, è monitorato… forse il vostro cane non può essere spiato. Gli oceani non ti proteggeranno. I sottomarini statunitensi per decenni hanno cablato con dei pod d’intercettazione i cavi sottomarini.

Nel sistema denominato ECHELON, avviato negli anni ’70, la NSA e i suoi partner minori di Gran Bretagna, Australia, Nuova Zelanda e Canada gestiscono una rete di stazioni d’intercettazione di massa, altamente automatizzate, che copre il globo intorno a loro. Qualsiasi parte può chiedere a tutte le altre di intercettare le proprie comunicazioni interne. Si può quindi affermare in verità che non si spiano i propri cittadini.

A parte gli individui e le istituzioni presi di mira specificatamente, il sistema ECHELON funziona indiscriminatamente intercettando grandi quantità di comunicazioni e utilizzando i computer per individuare ed estrarre i messaggi interessanti dalla massa degli indesiderati. Ogni messaggio intercettato, tutti i cablo d’ambasciata, le offerte di lavoro, le chiacchiere sul sesso, gli auguri di compleanno, viene vagliato tramite parole chiave, che potrebbero essere qualsiasi cosa i ricercatori pensano che possa interessare. Tutto ciò che serve per contrassegnare una comunicazione, è che una delle parti utilizzi un paio o poco più di parole chiave del “dizionario” di ECHELON, “Vive in una bella casa antica bianca sulla Bush Street, proprio vicino a me. Posso spararmi laggiù in due minuti.” Entro tali limitazioni, i computer possono “ascoltare” le chiamate telefoniche e riconoscere le parole chiave evocate. Queste chiamate vengono filtrate e registrate separatamente, per essere ascoltate per intero da esseri umani. La lista degli obiettivi specifici in un dato momento è senza dubbio ampia, arrivando ad includere soggetti come Amnesty International e Christian Aid.

ECHELON ha operato in segreto, senza alcun riconoscimento ufficiale della sua esistenza, per non parlare di un qualsiasi controllo democratico o pubblico o legislativo in merito al fatto se abbia o meno una finalità dignitosa. La vastità della rete globale ECHELON è un prodotto di decenni d’intensa attività da Guerra Fredda. Eppure, con la fine della guerra fredda, il suo bilancio, lungi dall’essere fortemente ridotto, è stato aumentato, e la rete è cresciuta in potenza e portata, ancora un altro elemento che prova che la guerra fredda non è stata una battaglia contro un qualcosa chiamato “cospirazione comunista internazionale”.

Il Parlamento europeo alla fine degli anni ’90 iniziò a svegliarsi riguardo tale intrusione negli affari del continente. Il Comitato per le libertà civili del Parlamento europeo commissionò un rapporto, apparso nel 1998 che raccomandava una serie di misure per affrontare il crescente potere delle tecnologie di sorveglianza. Senza mezzi termini consigliava che: “Il Parlamento europeo dovrebbe respingere le proposte provenienti dagli Stati Uniti di rendere i messaggi privati della rete di comunicazione globale [Internet] accessibili alle agenzie d’intelligence degli Stati Uniti.” Il rapporto denunciava il ruolo della Gran Bretagna come agente doppio, spiando i propri partner europei.

Nonostante queste preoccupazioni gli Stati Uniti hanno continuato ad espandere la sorveglianza di ECHELON in Europa, in parte a causa del crescente interesse per lo spionaggio commerciale, per scoprire le informazioni industriali che avrebbero fornito alle società statunitense un vantaggio sui rivali stranieri.

Esperti della sicurezza tedeschi hanno scoperto, diversi anni fa, che ECHELON è stato impegnato in un grave spionaggio commerciale in Europa. Tra le vittime vi erano imprese tedesche come l’azienda di pale eoliche Enercon. Nel 1998, Enercon sviluppò quello che pensava fosse un’invenzione segreta, consentendo di generare energia elettrica da fonte eolica ad un tasso molto più economico rispetto a prima. Tuttavia, quando la società ha cercato di commercializzare la sua invenzione negli Stati Uniti, subì il confronto con la rivale statunitense Kenetech, che annunciò di aver già brevettato un prodotto quasi identico. La Kenetech poi trascinò in tribunale l’Enercon vietandole la vendita delle proprie attrezzature negli Stati Uniti. In una rara comunicazione al pubblico, un dipendente della NSA, rimasto anonimo, accettò di apparire in silhouette alla televisione tedesca per rivelare come avesse sottratto i segreti dell’Enercon spiando il telefono e le linee di collegamento dei computer che passavano dal laboratorio di ricerca di Enercon alla sua unità di produzione, a circa 12 chilometri di distanza. I piani dettagliati dell’invenzione della società furono poi trasferiti alla Kenetech. Nel 1994, la Thomson SA di Parigi, e le Airbus Industrie di Blagnac Cedex, Francia, persero dei contratti lucrativi, strappati dai rivali statunitensi aiutati dalle informazioni raccolte segretamente da NSA e CIA. Le stesse agenzie origliarono anche i rappresentanti giapponesi durante i negoziati con gli Stati Uniti, nel 1995, per il commercio sui ricambi per auto.

L’industria tedesca lamentava di trovarsi in una posizione particolarmente vulnerabile perché il governo vieta ai suoi servizi di sicurezza di condurre simili atti di spionaggio industriale. “I politici tedeschi continuano a sostenere l’idea, piuttosto ingenua, che gli alleati politici non dovrebbero spiare le rispettive imprese. Gli statunitensi e gli inglesi non hanno tali illusioni”, disse il giornalista Udo Ulfkotte, specialista nello spionaggio industriale europeo, nel 1999. Quello stesso anno, la Germania chiese agli Stati Uniti di richiamare tre agenti della CIA per le loro attività di spionaggio economico in Germania. La notizia affermava che i tedeschi “da tempo sospettavano delle capacità d’intercettazione dell’enorme radar e del complesso per le comunicazioni degli Stati Uniti di Bad Aibling, nei pressi di Monaco di Baviera”, in realtà una stazione d’intercettazione della NSA. “Gli statunitensi ci dicono che è utilizzata esclusivamente per monitorare le comunicazioni dei potenziali nemici, ma possiamo essere del tutto sicuri che non prelevano pezzi di informazioni che pensiamo dovrebbero rimanere del tutto segreti?” si chiedeva un ufficiale tedesco. I funzionari giapponesi, molto probabilmente, hanno sentito simili racconti da Washington riguardo la dozzina di basi d’intelligence dei segnali che il Giappone ha permesso fosse situata sul suo territorio.

Nel loro tentativo di ottenere l’accesso a più informazioni private, la NSA, l’FBI e gli altri componenti dell’apparato di sicurezza nazionale degli Stati Uniti si sono impegnati da anni in una campagna per imporre ai produttori di sistemi di telecomunicazioni statunitensi la progettazione di  attrezzature e reti per ottimizzare le capacità d’intercettazione delle autorità. Alcuni esperti del settore dicono di credere che alcuni aggeggi da esportare fuori dagli USA contengano “porte” della NSA (chiamate anche “botole”). Gli Stati Uniti hanno cercato di convincere i Paesi dell’Unione Europea di adottare delle “back-door” d’accesso nei programmi di crittografia, sostenendo che ciò soddisfaceva le esigenze delle forze dell’ordine. Tuttavia, un rapporto pubblicato dal Parlamento europeo nel maggio 1999, affermava che i piani di Washington sui software di controllo della crittografia in Europa, non avevano nulla a che fare con le forze dell’ordine, ma soltanto con lo spionaggio industriale degli Stati Uniti. La NSA ha anche inviato agenti dell’FBI in missioni d’assalto per violare i libri dei codici degli impianti stranieri negli Stati Uniti, ed ufficiali della CIA a reclutare impiegati delle comunicazione straniere all’estero e ad acquistarne i codici segreti, secondo ex-funzionari dell’intelligence.

Per decenni, a partire dagli anni ’50, l’azienda svizzera Crypto AG ha venduto la tecnologia per crittografia più sofisticata e sicura del mondo. L’azienda ha puntato la sua reputazione e  preoccupazioni per la sicurezza dei propri clienti sulla sua neutralità nella guerra fredda o in qualsiasi altra guerra. Circa 120 nazioni fecero acquisti presso di loro, tra cui i principali bersagli dell’intelligence statunitense come l’Iran, l’Iraq, la Libia e la Jugoslavia, fiduciose che le loro comunicazioni fossero protette, come i messaggi inviati dalle loro capitali alle loro ambasciate, missioni militari, uffici commerciali e centri di spionaggio nel mondo via telex, radio, e fax. E nel frattempo, grazie a un accordo segreto tra la società e la NSA, questi governi consegnavano di propria mano i propri messaggi a Washington, non codificati. Le loro macchine della Crypto AG venivano modificate prima di essere vendute, in modo che quando venivano usate, la chiave di cifratura casuale potesse essere automaticamente e clandestinamente trasmessa insieme al messaggio cifrato. Gli analisti della NSA potevano leggerne facilmente i messaggi come se leggessero il giornale del mattino.

Nel 1986, a causa delle dichiarazioni pubbliche degli Stati Uniti riguardo all’attentato alla discoteca La Belle di Berlino ovest, i libici cominciarono a sospettare che qualcosa di marcio vi fosse con le macchine della Crypto AG e passarono a un’altra impresa svizzera, la Gretag Data Systems AG. Ma sembra che la NSA avesse convinto anche quella. Nel 1992, dopo una serie di circostanze sospette negli anni precedenti, l’Iran giunse a una conclusione simile e arrestò un dipendente della Crypto AG, in Iran per un viaggio d’affari. Finalmente fu rilasciato, ma l’incidente fece si che la truffa iniziasse ad essere svelata sul serio. Nel settembre 1999 fu rivelato che la NSA s’era organizzata con la Microsoft per inserire “chiavi” speciali in un software di Windows, dalle versioni 95-OSR2 in poi. Un informatico statunitense, Andrew Fernandez della Cryptonym in North Carolina, aveva smontato parti del codice di istruzioni di Windows e trovò la pistola fumante, gli sviluppatori di Microsoft non erano riusciti a rimuovere i simboli dei debug utilizzati per testare il software prima che lo rendessero pubblico. Nel codice vi erano le etichette per due chiavi. Una si chiamava “KEY”.  L’altra si chiamava “NSAKEY”. Fernandez svelò la sua scoperta ad una conferenza in cui alcuni erano presenti sviluppatori di Windows. Gli sviluppatori non negarono che la chiave NSA fosse inserita nel loro software, ma si rifiutarono di dire ciò che la chiave facesse, o perché erano state messe lì all’insaputa degli utenti. Fernandez dice che la “porta sul retro” della NSA nel sistema operativo più utilizzato al mondo, rende “assai più facile al governo degli Stati Uniti accedere ai computer.” Nel febbraio 2000, fu rivelato che la Delegazione Affari Strategica (DAS), l’intelligence del ministero della Difesa francese, aveva preparato un rapporto nel 1999 che affermava che la NSA aveva contribuito a installare programmi segreti nel software di Microsoft. Secondo la relazione della DAS, “sembrerebbe che la creazione di Microsoft sia stata in gran parte sostenuta, anche finanziariamente, dalla NSA, e che l’IBM abbia fatto accettare il sistema operativo [Microsoft] MS-DOS dalla stessa amministrazione.” Il rapporto dichiarava che vi era il “forte sospetto di carenze nella sicurezza alimentate da voci insistenti circa l’esistenza di programmi spia su Microsoft, e dalla presenza di personale della NSA nel team di sviluppo di Bill Gates.” Il Pentagono, dice il rapporto, era il più grande cliente di Microsoft nel mondo.

Negli ultimi anni si è saputo che, durante il conto alla rovescia per l’invasione dell’Iraq nel 2003, gli Stati Uniti avevano ascoltato il segretario generale delle Nazioni Unite Kofi Annan, gli ispettori dell’ONU in Iraq e tutti i membri del Consiglio di Sicurezza delle Nazioni Unite nel corso delle delibere circa le azioni da intraprendere in Iraq. E’ come se l’establishment della sicurezza nazionale statunitense senta di avere il diritto inalienabile di ascoltarci, come se ci fosse un emendamento costituzionale applicabile a tutto il mondo, che afferma che “il Congresso non emetterà leggi che limitino la libertà del governo di intercettare le comunicazioni personali di qualcuno” e come se il quarto emendamento sia stato cambiato, leggendovi: “Le persone devono essere protette nelle loro persone, case, carte ed effetti contro perquisizioni e sequestri ingiustificati, salvo nei casi di sicurezza nazionale, reali o presunti.” (2)

 

 

Lo spifferatore leader di tutti i tempi: Philip Agee

Prima che ci fossero Edward Snowden, William Binney e Thomas Drake… prima che ci fossero Bradley Manning, Sibel Edmonds e Jesselyn Radack… c’era Philip Agee. Ciò che Agee rivelò resta ancora l’informazione più sorprendente e importante della politica estera degli Stati Uniti che ogni spifferatore governativo statunitense abbia mai rivelato. Philip Agee ha trascorso 12 anni (1957-1969) come ufficiale della CIA, soprattutto in America Latina. Il suo primo libro, Inside the Company: CIA Diary, fu pubblicato nel 1974, era un lavoro pionieristico sui metodi dell’Agenzia e sulle loro devastanti conseguenze, apparso in circa 30 lingue in tutto il mondo e fu un best seller in molti Paesi; includeva un’appendice di 23 pagine con i nomi di centinaia di agenti e organizzazioni sotto copertura dell’Agenzia.

Sotto la manipolazione, la direzione e, in genere, il pagamento della CIA, vi erano passati e presenti presidenti di Messico, Colombia, Uruguay e Costa Rica, “il nostro ministro del lavoro”, “il nostro vice-presidente”, “la nostra polizia”, giornalisti, leader sindacali, leader studenteschi, diplomatici e molti altri. Se l’Agenzia voleva diffondere propaganda anticomunista, suscitare dissenso nei ranghi della sinistra o far espellere personale di un’ambasciata comunista, doveva solo preparare alcuni documenti fasulli, presentarli ai ministri e giornalisti appropriati e, subito!, scoppiava lo scandalo all’istante. L’obiettivo di Agee, nel nominare tutte queste persone, molto semplicemente era rendere il più difficile possibile alla CIA continuare a fare il suo sporco lavoro.

Una comune tattica dell’agenzia era scrivere editoriali e notizie fasulle a pubblicare consapevolmente nei media latinoamericani, senza indicazione della paternità o del finanziamento CIA a tali media. Il valore della propaganda di una tale “notizia” poteva essere moltiplicato venendo raccolta da altre stazioni della CIA in America Latina, che le avrebbero diffuse attraverso un’agenzia di stampa o una stazione radio di proprietà della CIA. Alcune di queste storie ritornarono negli Stati Uniti per essere lette o sentite da ignari nordamericani. Il corteggiamento della classe operaia ebbe un trattamento speciale. Dozzine di sindacati, a volte poco più che sigle, vennero create, modificate, combinate, liquidate e ricreate nel tentativo quasi frenetico di trovare la combinazione giusta per competere con i sindacati di sinistra esistenti e sottrarne la leadership nazionale. Nel 1975 queste rivelazioni erano nuove e sconvolgenti, per molti lettori fu il primo indizio che la politica estera statunitense non era proprio ciò che i loro libri di testo delle scuole superiori gli avevano detto, né quello che il New York Times gli aveva riferito. “Il completo resoconto del lavoro di spionaggio,  probabilmente non sarà pubblicato da nessuna parte l’autentico racconto di come funziona un ordinario ‘case officer’ statunitense o inglese… Tutto questo… presentato con una precisione micidiale”, ha scritto Miles Copeland, un ex dirigente della CIA e ardente nemico di Agee. (Non c’è ex-agente della CIA più odiato dai membri dei servizi segreti di Agee, nessuno gli si avvicina; ciò a causa del suo viaggio a Cuba e dei suoi lunghi contatti con i servizi segreti cubani.)

Al contrario di Agee, WikiLeaks ha cancellato i nomi di centinaia di informatori dai quasi 400.000 documenti sulla guerra in Iraq che ha rilasciato. Nel 1969, Agee si dimise dalla CIA (e dai colleghi che “da tempo avevano smesso di credere in quello che fanno”). Mentre fuggiva dalla CIA scrisse Inside the Company, e mentre lottava per la propria vita, Agee fu espulso o respinto da Italia, Gran Bretagna, Francia, Germania ovest, Olanda e Norvegia. (La Germania ovest alla fine gli diede asilo, perché sua moglie era una ballerina di primo piano nel Paese.) Un resoconto di Agee del suo periodo di fuga può essere trovato nel suo dettagliato libro On the Run (1987). E’ una lettura appassionante.

 

 

Note

1. Per leggere delle mie avventure al Dipartimento di Stato e altrove, vedasi il mio libro West-Bloc Dissident: A Cold war Memoir (2002) (http://williamblum.org/books/west-bloc-dissident)

2. Vedasi Con la scusa della libertà: Si può parlare di impero americano?, Capitolo 21, per le note di cui sopra.
Qualsiasi parte di questo articolo può essere diffuso senza autorizzazione, a condizione che l’attribuzione di William Blum, come autore e un link al sito vi siano inseriti.
http://williamblum.org/aer/read/118

 

 

Traduzione di Alessandro Lattanzio

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LIBANO/SIRIA: UN’OPERAZIONE “SEGRETA” SVENTATA IN MENO DI 24 ORE!

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Amin Hoteit, Global Research, 27 giugno 2013

Quando i portavoce dei “nemici della Siria” s’incontravano a Doha, parlavano di “decisioni segrete” [1] che sarebbero state attuate rapidamente per ristabilire “l’equilibrio militare” [2] tra il governo siriano e coloro che hanno delegato sul terreno per attuare i loro progetti con la violenza e il terrorismo, la grande questione ruotava intorno alla natura di queste decisioni volte a consentirgli di raggiungere i loro criminali obiettivi…

La risposta non si è fatta attendere, Ahmad al-Asir [3] veniva spinto a lanciare un'”operazione terroristica”, chiaramente preparata da tempo, contro l’esercito libanese a Saida. Così, iniziava un processo il cui primo passo era scacciare l’Esercito dalla città e dai suoi dintorni, prima di dispiegare i propri simpatizzanti terroristi in tutta l’area, nella speranza d’isolare la Resistenza e il Sud a maggioranza sciita del Libano. Una volta raggiunto il primo obiettivo, la Resistenza e la maggioranza sciita legata alla sua causa avrebbero dovuto scegliere fra due mali: accettare il “fatto compiuto” e lasciarsi strangolare in una Sidone sigillata o prendere l’iniziativa spezzando l’assedio.  Quest’ultima scelta avrebbe portato inevitabilmente all’agognata guerra per diffondere la discordia [fitna] che avrebbe gettato la resistenza in un bagno di sangue, impedendogli di continuare la lotta contro il piano occidentale-sionista sulla regione. Saida è stata scelta come centro della “Fitna” per tre principali sue caratteristiche di base: una posizione che la rende “la porta verso il sud del Libano”, una demografia che la rende il punto di partenza ideale per una guerra settaria, essendo la sua popolazione prevalentemente sunnita e circondata da una maggioranza sciita, e una rappresentanza politica formale che la rende la roccaforte del “Movimento del Futuro”, contrario alla Resistenza. Pertanto, ogni iniziativa della Resistenza per aprire una breccia nell’assedio, avrebbe potuto tranquillamente essere interpretata come una guerra degli sciiti contro i sunniti e il potere politico predominante a Sidone; la missione di al-Asir era scatenare la scintilla che avrebbe raggiunto, in poche ore, i campi palestinesi presumibilmente pronti a prendere fuoco, prima di raggiungere il resto del Libano il giorno dopo.

Al-Asir ha eseguito l’ordine ricevuto dai suoi padroni riunitisi in Qatar. Questi, a sangue freddo e senza preavviso e senza alcuna considerazione per la legge, la fede o la morale, ha aggredito l’esercito libanese. In tal modo, ha davvero pensato che avrebbe potuto destabilizzare l’esercito e spingerlo a lasciare le sue posizioni, rafforzato in ciò dal clima d’illusione estatica che l’ha privato della copertura politica necessaria ad operare al meglio sul campo. Un errore di calcolo, perché l’esercito non ha atteso tale copertura! Il sangue dei caduti è stato più che sufficiente per una risposta rapida ma ponderata contro il terrorismo di al-Asir, allevato in seno al “Movimento del Futuro” e che infliggeva ai cittadini di Sidone ogni tipo di danni e sofferenze. Questa controffensiva ha sconvolto i padrini internazionali e regionali di al-Asir, che si sono affrettati a chiedere un cessate il fuoco! E’ stato lo stesso con la posizione ufficiale del “Movimento del Futuro” che sperava di gettare l’esercito nell’arcana complessità della politica con l’intenzione di riprodurre il processo contraddittorio dell’incidente del checkpoint Koueikhat, nel maggio 2012 [4]. Ma l’esercito libanese ha deciso di proseguire salvando il Libano dal terrorista al-Asir e dai suoi simili, indipendentemente dal pesante silenzio dei politici libanesi, tra cui quello assordante del capo del governo, che ha preso posizione solo una volta che l’operazione era terminata. L’esercito libanese era ben consapevole di dover controllare la situazione entro al massimo 24 ore, altrimenti avrebbe subito delle complicazioni che avrebbero potuto seriamente minare il morale e subire uno scacco difficilmente recuperabile. I suoi soldati d’elite furono inviati in battaglia, al fine di salvare la vita dei civili e dei prigionieri presi come scudi umani da al-Asir e dalla sua banda, dotati di armamento leggero e medio individuale, e senza ricorrere all’artiglieria pesante. In tal modo, ha accettato di pagare un conto pesante [5]!

Infine, nessuna manovra o piagnisteo degli sponsor del “neo-fenomeno al-Asir” ha potuto impedire all’esercito d’eliminare una forte organizzazione terroristica di 250 persone, per lo più stranieri che si erano barricati per mesi in una specie di castello di cunicoli sotterranei riempiti da un’impressionante quantità di armi e munizioni. Tutti coloro che hanno seguito da vicino le operazioni hanno assistito alla straordinaria performance dei militari, ma la cosa più importante è trarre le implicazioni politiche, di sicurezza, militari e strategiche da questa missione, descritta da alcuni come una “missione per la vita o la morte dell’esercito libanese”. Eccone alcuni:

1. Scacco della prima “decisione segreta” presa a Doha. Il Libano è sfuggito a una “fitna” che doveva portare alla “guerra civile” e al “caos”, voluta dal Congresso per pareggiare la vittoria dell’esercito arabo siriano ad al-Qusayr, una vittoria che ha posto fine all’uso del Libano come testa di ponte per l’invio di terroristi e armi in Siria.

2. Dissoluzione dei sogni di coloro che vorrebbero trascinare la Resistenza in un conflitto civile, per compensare la sconfitta d’Israele nel 2006. Non abbiamo dimenticato la famosa raccomandazione strategica del comando militare israeliano a non impegnarsi in una guerra contro la resistenza libanese, se ciò non fosse preceduto da un conflitto interno che la danneggi. Il Libano è sfuggito a una nuova aggressione israeliana!

3. Distruzione delle barriere artificiali “alla porta verso il sud del Libano”, barriere che non erano riuscite a separare i cittadini della regione. Sidone è di nuovo una città aperta a tutti i libanesi, senza distinzione confessionale o ideologica. Sidone è di nuovo la capitale della Resistenza!

4. Conferma a coloro che lo mettono in dubbio, l’identità dell’esercito libanese, pronto a combattere per il Libano, tutto il Libano, qualunque siano le macchinazioni di coloro che professano il settarismo, il regionalismo, le faziosità…

5. Indubbia dimostrazione che le “armi della Resistenza sono destinate alla Resistenza”, che ha sopportato insulti e provocazioni per più di due anni, senza mai interferire con i doveri dello Stato e ha lasciato che l’esercito nazionale lo risolvesse. La Resistenza ha scommesso sull’esercito nazionale e ha vinto!

Infine, la battaglia di Abra [la roccaforte dello sceicco salafita al-Asir], ha portato non solo all’eliminazione di un’organizzazione terroristica, ma ha anche ostacolato il piano statunitense-sionista, poiché il campo degli aggressori sperava di compensare la sua disfatta ad al-Qusayr,  accumula sconfitte. D’altra parte, contrariamente a quanto avvenuto nel 1975 nella stessa città di Sidone, dove la sconfitta dell’esercito fu seguita da una guerra durata 14 anni, il 2013 ha visto l’esercito libanese uscirne in modo sicuro, e tutto il Libano con esso!

 

Dottor Amin Hoteit, 26/06/2013

al-Tayyar http://www.tayyar.org/Tayyar/News/PoliticalNews/ar-LB/amine-hoteit-assir-hh-606.htm

Articolo tradotto da Mouna Alno-Nakhal per Mondialisation.ca

 

 

 

Note:

[1] Gli amici della Siria evocano “decisioni segrete” (http://www.rfi.fr/moyen-orient/20130622-amis-syrie-evoquent-decisions-secretes-faveur-rebelles-syriens)

[2] Gli “amici della Siria” vogliono cambiare l’equilibrio delle forze  (http://www.humanite.fr/monde/les-amis-de-la-syrie-veulent-changer-lequilibre-de-544394)

[3] Ahmad al-Asir, l’imam radicale diventato nemico dell’esercito libanese (http://www.lorientlejour.com/article/820741/ahmad-el-assir-limam-radical-devenu-lennemi-de-larmee-libanaise.html)

[4] La morte di un religioso sunnita ha dato fuoco alle polveri (http://www.jolpress.com/article/la-mort-dun-dignitaire-sunnite-met-le-feu-aux-poudres-683581.html)

[5] Il bastione di Abra conquistato dall’esercito libanese (http://www.lorientlejour.com/article/820853/le-bastion-de-abra-conquis-de-haute-lutte-par-larmee-libanaise.html)

 

Il Dottor Amin Hoteit è un analista politico libanese, esperto di strategia militare e generale di brigata in pensione.

 

Copyright © 2013 Global Research

http://www.mondialisation.ca/liban-syrie-une-manoeuvre-secrete-dejouee-en-moins-de-24-heures/5340627?print=1

 

Traduzione di Alessandro Lattanzio

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HEZBOLLAH COMBATTE IN SIRIA PER DIFENDERE IL LIBANO DA UN BAGNO DI SANGUE

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Mahdi Darius Nazemroaya, Global Research, 28 giugno 2013

 

I media tradizionali non riescono a ricordare che le forze antigovernative in Siria hanno giurato di uccidere tutti gli sciiti e d’invadere il Libano dopo la Siria. Sheikh Hassan Nasrallah, segretario generale di Hezbollah, annunciava l’ingresso nel conflitto siriano del partito il 25 maggio 2013. La Coalizione nazionale siriana denunciava immediatamente Hezbollah mentre il dipartimento di Stato statunitense reagiva all’annuncio di Nasrallah, il 29 maggio, chiedendo l’immediato ritiro dei combattenti di Hezbollah dalla Siria. La patacca della Lega araba avrebbe alla fine, e molto prevedibilmente, condannato l’ingresso di Hezbollah nel conflitto siriano, ignorando il coinvolgimento di Arabia Saudita, Qatar e dei loro alleati.

Qusayr, situata sulla strada tra Damasco e le coste mediterranee della Siria, nella parte nord-occidentale del Governatorato siriano di Homs, sarebbe diventata il punto centrale del coinvolgimento di Hezbollah in Siria. Dopo la vittoria a Qusayr, il guerrafondaio Charles Krauthammer annunciava in modo imbarazzante che gli Stati Uniti esitavano troppo mentre Russia e Iran prendevano in mano la situazione in Siria assieme ad Hezbollah. Gli Stati Uniti non avevano esitato, in realtà, ma non sono riusciti a rovesciare il governo di Damasco. Molto probabilmente, spinto dalla pressione dei finanziatori sauditi e qatarioti, il governo dei Fratelli musulmani in Egitto avrebbe reagito alla vittoria di Qusayr rompendo le relazioni con la Siria, chiedendo la no-fly zone e attaccando Hezbollah per il suo coinvolgimento nel conflitto siriano. A indicare il fallimento del piano di cambiamento del regime, l’amministrazione Obama avrebbe fatto trapelare alla stampa che valutava anche la no-fly zone. Ironia della sorte, il presidente egiziano Morsi e molte delle persone che criticano Hezbollah, Iran e Russia per il loro coinvolgimento in Siria, si rifiutano di criticarne il coinvolgimento turco, saudita, qatariota, inglese, francese, giordano, israeliano e statunitense.

 

 

Hezbollah è un obiettivo del conflitto siriano

Indubbiamente Hezbollah ha discusso delle sue intenzioni di entrare nel conflitto siriano con i suoi sostenitori a Teheran e si è coordinato con l’Iran e, in misura minore, con la Russia, attraverso funzionari iraniani e consultazioni con Aleksandr Zasypkin, l’ambasciatore russo in Libano, e il Viceministro dgli Esteri russo Mikhail Bogdanov, durante la sua visita a Beirut nell’aprile 2013. Il coinvolgimento di Hezbollah in Siria, tuttavia, è puramente difensivo. Inoltre, Hezbollah è uno degli ultimi giocatori esterni ad entrare in Siria. Si tratta dello stesso tipo di articoli che sostengono costantemente una sostanziale presenza militare iraniana in Siria, ma non si potrà mai riuscire a dare una prova solida o una qualsiasi conferma delle loro pretese, che semplicisticamente de-contestualizzano il coinvolgimento di Hezbollah in Siria. Ad esempio, dei razzi furono lanciati su Dahiyah, sobborgo meridionale operaio di Beirut, roccaforte politica di Hezbollah nella capitale del Libano, e sulla città di Hermel, nella Beqaa, poche ore dopo che Nasrallah aveva annunciato che il suo partito sarebbe entrato nel conflitto siriano. La maggior parte degli articoli al riguardo non sono riusciti a riconoscere la natura degli attacchi missilistici. Gli attacchi con i razzi sono stati più di un semplice avvertimento da parte delle forze antigovernative in Siria, e in realtà sono parte di una costante escalation deliberatamente volta ad allargare la guerra in Libano e a diffondere i fuochi della sedizione. Gli attacchi sono stati condotti contro aree abitate da sostenitori di Hezbollah, anche molto prima che Hezbollah intervenisse in Siria. Che sia intenzionale o meno, questo tipo d’informazione nasconde il fatto che Hezbollah è intervenuto in Siria principalmente per proteggere se stesso e la variegata popolazione del Libano, e non identifica i veri autori delle violenze. I media mainstream di posti come Stati Uniti e Regno Unito, inoltre, non parlano delle fratture importanti tra le forze antigovernative in Siria, che hanno giurato di uccidere tutti gli sciiti che cattureranno e d’invadere il Libano dopo la Siria.

Dall’inizio del conflitto siriano, Hezbollah riconosce che il popolo siriano dovrebbe avere le libertà democratiche di cui Hezbollah gode in Libano e che la Siria ha bisogno di riforme politiche. Il suo ingresso nel conflitto siriano è volto ad impedire agli squadroni della morte takfiristi, riunitisi in Siria, di marciare contro il Libano e di commettere lo stesso tipo di crimini, nelle città e nelle case del popolo libanese, che hanno commesso contro il popolo siriano. Poiché i takfiristi hanno annunciato che elimineranno dal Levante gli sciiti e tutti gli coloro che essi non accettano, il conflitto era inevitabile. Piuttosto che aspettare, Hezbollah ha scelto di intervenire in una guerra che le forze antigovernative in Siria hanno deliberatamente avviato contro Hezbollah con una serie di attacchi contro gli sciiti che vivono sul confine siriano-libanese. Come anteprima di ciò che è in serbo per gli sciiti, dopo la loro sconfitta a Qusayr, le milizie antigovernative hanno marciato su Hatla massacrando molti dei suoi abitanti, compresi anziani e bambini, tutti sgozzati. Un video del massacro dal titolo “Assalto e pulizia di Hatla” è stato diffuso, dove l’autore del video afferma che tutti gli sciiti avrebbero subito la stessa sorte. Ciò che è successo ad Hatla, tra stupri e mutilazioni, ha solo rafforzato il sostegno in Libano all’intervento di Hezbollah.

 

 

Hezbollah protegge il Libano e le minoranze del Levante

Il 14 giugno, Nasrallah apparve alla televisione libanese per dire che Hezbollah combatteva per difendere i popoli di Libano e Siria dagli abomini del “piano statunitense, israeliano e takfirista di distruggere non solo la Siria, ma l’intera regione.” Parlando ad al -Manar, ha detto ai suoi sostenitori e alleati che il mondo intero era in Siria a combattere, in un modo o in un altro, usando il denaro o inviando armi o impiegando la guerra mediatica. Era naturale per Hezbollah, uno dei principali obiettivi della guerra, mettersi in gioco. Aggiunse che il governo libanese purtroppo non era riuscito a proteggere i 30.000 cristiani e musulmani libanesi che sono stati attaccati dalle forze antigovernative al confine siriano. Hezbollah ha agito per proteggerli.

I sentimenti di Nasrallah sono ampiamente condivisi dentro e fuori il Libano. Secondo Mohsen Saleh, professore di filosofia politica all’Università libanese ed esperto di Hezbollah, la minaccia del “takfirismo” agisce per por fine ad ogni diversità nella regione, in combutta con Israele e Stati Uniti. I Fratelli musulmani sono legati a questo progetto, ma “ora collassano e degradano” secondo Saleh. “La Fratellanza è salita al potere con un secolo di ritardo”, mi ha detto. Mentre ero in visita nel suo ufficio, ha spiegato che tutte le diverse comunità libanesi hanno paura dei takfiristi, come testimoniano i loro crimini in Siria. Questo è il motivo per cui la Chiesa cattolica maronita e la moltitudine di confessioni cristiane in Libano, sono sempre al fianco di Hezbollah. É fiducioso nel fatto che tutte le diverse sette del Libano miglioreranno i loro rapporti con Hezbollah per via della comune minaccia che sono costrette ad affrontare. Quando ho chiesto a Saleh del Primo Ministro designato del Libano, legato ai rivali di Hezbollah in Libano, ha sottolineato che Tamman Saib Salam non è un burattino. Con un discreto gesto di sostegno, che l’ha distinto dal campo di Hariri, Tamman ha detto che Hezbollah rimane un gruppo della resistenza, non importa quel che succede per via del suo intervento in Siria.

La comunità drusa, che è il gruppo libanese più vulnerabile ad un attacco takfirista al Paese,  riconsidera il suo rapporto con Hezbollah. La comunità drusa non è contenta delle dichiarazioni di Walid Jumblatt, il suo principale leader, che sostiene le attività antigovernative in Siria. Cercando di compiacere il suo ufficiale pagatore saudita di Riyadh, Jumblatt s’è spinto fino a dire che sostiene personalmente il filo-saudita Jubhat al-Nusra. Ben consapevoli dei pericoli per la loro comunità, i drusi di Siria hanno ignorato Jumblatt e continuano a sostenere il governo siriano. Anche i funzionari russi inoltre sostengono la posizione di Hezbollah; Mosca vede la posizione di Hezbollah volta a proteggere le diverse genti di Libano e Siria. Mosca non vuole che le brigate takfirite entrino nel Caucaso del Nord o aggrediscano una delle repubbliche sorelle e alleate dell’Asia centrale. A differenza degli Stati Uniti e dei loro alleati, la politica estera russa in Medio Oriente promuove apertamente la diversità e la tutela dei cristiani e delle minoranze.

 

 

A differenza di Hezbollah, agli Stati Uniti non importa nulla dei cristiani arabi

Il Dr. Naji Hayek, cristiano libanese, riassume tutto affermando: “Hezbollah combatte per noi, per me”. L’ha detto dopo che abbiamo guardato Michel Aoun in diretta su Orange TV dichiarare che sostiene Hezbollah dopo i combattimenti scoppiati nella città libanese di Sidone. Se i takfiristi entrano in Libano, mi assicurava che avrebbe preso il fucile e combattuto. Hayek, un chirurgo, un professore della Lebanese American University e consigliere di Michel Aoun, leader del Movimento Patriottico Libero, il più grande partito politico cristiano in Libano, aveva steso la Syria Accountability and Lebanese Sovereignty Restoration Act e inviato rapporti dell’intelligence sulle attività siriane in Libano al Senato degli Stati Uniti. Una volta era membro del Partito liberale nazionale del Libano e un caro amico di Samir Geagea, lo straordinario signore della guerra cristiano alleato di Stati Uniti e Arabia Saudita. Hayek fu anche ferito mentre combatteva contro i siriani con Michel Aoun.

Le cose sono cambiate da allora e nuove alleanze si sono formate. La Siria non è più un nemico come Samir Geagea non è più un amico. Hayek mi ha detto con amarezza che gli Stati Uniti non hanno mai esitato a manipolare e poi a cedere i cristiani del Libano. Mi ha anche mostrato un teso scambio di email tra lui e Jeffrey Feltman, quando Feltman era in servizio come assistente del segretario del dipartimento di Stato degli Stati Uniti, in cui Feltman, in riferimento a Hezbollah,  accusava il Movimento Patriottico Libero di essersi allineato con il “male”. Con il senno del poi, Hayek si rende conto che gli Stati Uniti avevano motivazioni differenti quando redasse la Syria Accountability and Lebanese Sovereignty Restoration Act. Furiosamente ha parlato di “bambocci 25enni che lavorano presso l’Ufficio Libano nel dipartimento di Stato USA, con una laurea in Storia dell’arte!”, ignorando la realtà del Medio Oriente con cui hanno a che fare.

“Io non sono un fan di Bashar al-Assad, ma lo sostengo al cento per cento perché l’alternativa in Siria è un governo estremista”, ha sottolineato Hayek. Se cadesse il governo siriano, la paura di Hayek è che la corrotta famiglia Hariri e l’Alleanza del 14 Marzo inviterebbero un governo dei Fratelli musulmani a Damasco ad invadere e occupare il Libano. Come interlocutore fondamentale tra Michel Aoun e Stati Uniti, ha spiegato che la famiglia Hariri non ebbe problemi con la presenza siriana in Libano e in realtà era contraria al ritiro siriano dal Libano e che avrebbe ostacolato la sua cooperazione con gli Stati Uniti. Ha spiegato che la ragione di ciò è che gli Hariri utilizzavano l’esercito siriano per imporre la loro egemonia in Libano. “Hariri ha danneggiato i siriani”, ha spiegato. Il clan Hariri avrebbe corrotto tutti gli alti ufficiali siriani in Libano, versandogli milioni di dollari. I problemi tra Hariri e la Siria iniziarono quando Bashar al-Assad volle porre fine alla corruzione in Siria e si rifiutò di lasciare gli Hariri continuare nel loro gioco.

 

 

 

L’articolo è stato originariamente pubblicato su RT Op-Edge.

Copyright © 2013 Global Research

http://www.globalresearch.ca/hezbollah-fighting-in-syria-to-defend-lebanon-from-bloodbath/5340688?print=1

 

Traduzione di Alessandro Lattanzio

 

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